O objetivo do estudo foi verificar os fatores associados à dismorfia muscular em praticantes de treinamento de força em academias por meio de uma revisão sistemática da literatura. A busca dos estudos foi realizada nas bases de dados PubMed, Scielo, Bireme, Capes Periódicos e Medline por meio dos termos combinados (dismorfia muscular) AND (treinamento de força) OR (treinamento resistido) OR (musculação); (vigorexia) AND (treinamento de força) OR (treinamento resistido) OR (musculação). A busca efetuada resultou em 172 publicações e após a triagem efetuada, 27 estudos foram selecionados para a análise final. Os fatores associados à dismorfia muscular podem ser categorizados em psicológicos (insatisfação com a imagem corporal, ansiedade, baixa autoestima, transtorno de humor, transtorno dismórfico corporal, transtorno obsessivo-compulsivo, hostilidade, baixos níveis de extroversão, níveis elevados de neurose), alimentares (uso de esteroides anabólicos, uso de suplementos alimentares e comportamento alimentar), sociais (violência na infância e adolescência e assédio moral), prática de exercícios físicos (fisiculturismo, prática de exercícios de musculação, dependência do exercício e medidas corporais aumentadas), e pessoais (maior renda mensal, sexo masculino, faixa etária entre 18 e 24 anos e elevado grau de escolaridade). Estudos desta natureza poderão auxiliar no diagnóstico da dismorfia muscular.