Dinâmica dos nutrientes do solo em áreas destinadas à produção de milho para forragem

Abstract

ResumoO milho, quando cultivado para produção de forragens, requer cuidados especiais com relação ao manejo do solo. Com a colheita total da parte aérea, grandes quantidades de nutrientes são removidas, podendo causar prejuízos ao balanço de nutrientes e rápido empobrecimento do solo, tendo como consequência a queda de produtividade e baixa qualidade da silagem em cultivos posteriores. O objetivo deste trabalho é esclarecer aspectos sobre a dinâmica de extração e exportação de nutrientes do solo pela cultura do milho para produção de silagem. A absorção de nutrientes pela cultura é fortemente influenciada por fatores como o clima, genótipo, sistemas de cultivo e nível de produtividade. Além de incrementar as quantidades de nutrientes na adubação de base do milho para forragem, é essencial fazer rotação de culturas e não utilizar a mesma área por anos consecutivos para a produção de silagem, devido a não manutenção de cobertura e susceptibilidade do terreno a ocorrência de erosão. A cultura do milho quando cultivada para silagem exporta da área de cultivo valores médios de 21 kg de N, 76 kg de K, 20 kg de Ca e 3,5 kg de Mg a mais por hectare que quando cultivado para a produção somente de grãos. O cultivo do milho para a produção de forragem promove maior exportação de nutrientes do solo de quando comparado com a colheita de grãos.Palavras-chave: absorção de nutrientes, exportação de nutrientes, produção de matéria seca, silagem de milho.Palabras clave: absorción de nutrientes, exportación de nutrientes, producción de materia seca, ensilaje de maíz.Recebido em: 10 /11/2010 Aceito para publicação em: 15/03/2011Este artigo é apresentado nos idiomas Português, Inglês com "resumen" em Espanhol.

Macronutrient and sodium content in maize plants under cassava wastewater fertilization

“…The results corroborate the observations of Ueno et al (2011), who reported that maximum K absorption by corn plants occurs in the period of 30 to 40 days after germination, even if its absorption exceeds the absorption of N and P, which suggests higher K requirement in the initial development stage of corn plants. The decrease in K contents in the stalks, between 40 and 52 DAE, is probably related to the redistribution of the nutrients used for the development of flower organs.…”

“…Crop nutritional requirements are determined by the amount of nutrients that plants are able to extract from the soil (Ueno et al, 2011). This extraction depends on the obtained yield and the accumulation of nutrients in the grains and in other plant parts.…”

Chemical attributes of soil and dry mass accumulation of maize fertilized with cassava wastewater

“…According to IPA (2008), contents above 0.2 cmol c dm -3 of exchangeable potassium in soil are considered high or adequate, evidencing that cassava wastewater garanteed an adequate contribuition of potassium only at 20 and at 40 DAG for doses above 20 and 40 m 3 ha -1 , demonstrating that in this period, cassava wastewater ensured an adequate potassium supply. At 52 DAG, the potassium contained in residue was not sufficient to mantain the exchangeable potassium of soil in adequate levels, even when higher doses of cassava wastewater were used, showing that, possibly, the absorption of this nutrient by maize plants was higher, once the maximum absorption of K by maize plants occurs in the period from 30 to 40 days after germination, overcoming the absorpion of N and P in this period, as reported by UENO et al (2011). CARDOSO et al (2009) obtained similar results to the ones in this study, when using cassava wastewater in maize crop, statiing that there was a potassium increment in a dystrophic Quartzarenic Neosol (Entisol) comparable to an area where mineral fertilization was conducted.…”

Vinhaça como fonte de potássio: resposta da sucessão aveia-preta/milho silagem/milho safrinha e alterações químicas do solo na Região Noroeste do Rio Grande do Sul

“…Porém, de acordo com YAMADA & ROBRTS (2005), no milho destinado à produção de silagem, deve-se tomar cuidado na recomendação do nutriente pelo corte e retirada de todo material. Estudando a dinâmica de nutrientes no solo em áreas para produção de milho silagem, UENO et al (2011) observaram uma exportação média de 76kg ha -1 a mais de K, quando comparada ao milho para produção de grãos. Logo, a utilização da vinhaça como fonte de K, além de representar uma importante alternativa de descarte, pode reduzir a dependência de insumos externos e, consequentemente, redução do custo de produção.…”