Diagnóstico precoce da surdez na infância

Abstract

RESUMO:A audição é importante na comunicação humana. Perda auditiva na criança pode acarretar distúrbios na aquisição da fala, linguagem e no desenvolvimento emocional, educacional e social.O diagnóstico precoce de deficiência auditiva permite a intervenção e o ideal é que ambos ocorram nos primeiros 6 meses de vida.A triagem auditiva neonatal universal é recomendada pois avalia todos os recém-nascidos e não apenas aqueles com indicadores de risco para perda auditiva.Embora existam testes comportamentais para a avaliação auditiva, os exames ideais são os objetivos, tais como as emissões otoacústicas e os (EOA) potenciais evocados auditivos de tronco cerebral, pois são exames eletrofisiológicos que não dependem da participação da criança, sendo úteis em recém-nascidos e crianças pequenas.As emissões otoacústicas avaliam a função coclear e o potencial auditivo evocado avalia a função auditiva até o tronco cerebral. Ambos são usados na triagem auditiva neonatal embora o registro das EOA seja o mais comum por ser de aplicação mais fácil e rápida.

Deficiência auditiva na toxoplasmose congênita detectada pela triagem neonatal

“…This period corresponds to that of the greatest neuronal plasticity of the auditory pathway, and this maturing process depends on the quantity and quality of the external stimuli captured. Early identification and rehabilitation in cases of hearing loss are paramount for speech development (critical period and optimum period) 1 and that of other cognitive functions at school age 2 .…”

“…During childhood, it has a world prevalence of 1/1000 live births 3,4 , being higher (2-4%) among those coming from neonatal intensive care units (ICU) 2,5 . It is associated with genetic and environmental factors; however, in a significant number of children the etiology is unknown 4,6 .…”

A influência da proporcionalidade corporal em crianças nascidas pequenas para a idade gestacional: estudo da maturação da via auditiva

“…In this context, newborns with low birth weight and/or SGA are considered at risk for global or specific changes in language, hearing and learning (4,6,7) , as they represent an example of malnutrition at an early age and are possibly subjected to sequelae later in life caused by their in utero experience (4,8) . Auditory monitoring, therefore, becomes critical because the first two years and, in particular the first six months of life, are critical for the development of oral language (9) . Brainstem auditory-evoked potential (BAEP) has been the test of choice for the evaluation and monitoring of auditory pathway integrity in at-risk neonatal populations because it allows monitoring of the maturation of the central auditory system using changes in response latency and amplitude (10) .…”

Ruídos e barulhos na unidade neonatal

“…As perdas auditivas podem advir de causas genéticas congênitas, genéticas pós-natal, não genética congênita e não genética pós-natal. A deficiência auditiva não genética pós-natal pode ter como causa as infecções virais e bacterianas, o uso de medicamentos ototóxicos, traumatismo cranioencefálico, otite média, lesões vasculares e exposição aos ruídos (6) . Nessa perspectiva, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que, dentro do ambiente hospitalar o L eq (nível de pressão equivalente) e o L FMax (nível máximo de pressão sonora) sejam de 30 a 40 dBA e, que, durante o período noturno, aconselha uma redução entre cinco a dez por cento do nível de ruídos na unidade (7) .…”

“…Estes são dados preocupantes para os gestores de saúde, pois mostram que uma parcela dos RN está saindo das unidades hospitalares com uma deficiência que pode ser reduzida, se houver compromisso da equipe multiprofissional. Atualmente, o interesse pelo diagnóstico precoce das alterações auditivas aumentou em razão das cortipatias acometerem de forma rápida as células ciliadas responsáveis pela detecção dos sons (6) . O que preocupa é o longo período de internação em ambiente com níveis sonoros altos, que pode vir a comprometer o funcionamento do sistema auditivo em decurso de desenvolvimento.…”