RESUMO:O crescente envelhecimento populacional nos países em desenvolvimento nos conduz a paradigmas sobre envelhecimento saudável e à crescente demanda pelo cuidado de idosos em Instituições de Longa Permanência. Fatores como idade, dislipidemias, sedentarismo, obesidade, hipertensão e diabetes são relevantes para a qualidade de vida dessa população. O objetivo deste trabalho foi comparar a qualidade de vida e o risco de desenvolver diabetes em idosos hipertensos institucionalizados e não institucionalizados, em um município do interior do estado de São Paulo. Trata-se de um estudo descritivo e observacional cuja amostra foi constituída por 12 idosos institucionalizados e 35 idosos não institucionalizados, que participaram de uma atividade de ensino, pesquisa e extensão, no município. Os questionários MINICHAL e RISCO DE TER DIABETES, assim como o Índice de Massa Corpórea foram os instrumentos utilizados para a coleta de dados. A análise estatística foi realizada pela aplicação do teste t-Student, considerando-se o valor de p < 0,05 como estatisticamente significante. Os resultados mostraram que todas as idosas institucionalizadas estavam nas faixas de pré-obesidade e obesidade, o que acarretou um maior risco de desenvolver diabetes; a maioria dos idosos não institucionalizados apresentou índice de massa corpórea normal. Os resultados ainda revelam pior estado mental, somático e da qualidade de vida dos idosos institucionalizados de ambos os gêneros. Nota-se a necessidade de implementação de programas de atividades físicas e incentivo de hábitos alimentares saudáveis nas Instituições de Longa Permanência, a fim de prevenir doenças crônicas e seu agravamento, promover saúde mental, psicossocial e qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE:Idosos. Diabetes. Qualidade de vida.
INTRODUÇÃODentro das questões contemporâneas mundiais na área da saúde, observa-se a denominada transição demográfica refletida no envelhecimento populacional dos países desenvolvidos, e de forma acentuada nos países em desenvolvimento, que nos conduz aos paradigmas sobre o envelhecimento saudável (BRASIL, 2006; IBGE, 2010).No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam para o ano de 2025 a taxa de 30% de idosos, na população total de brasileiros, frente aos atuais 12,5 % (IBGE, 2010). Para Souza, Skubs e Bretas (2007) o envelhecimento é um processo natural que implica mudanças graduais e inevitáveis relacionadas à idade, desencadeando o desgaste orgânico e refletindo alterações nos aspectos culturais, sociais e emocionais. É influenciado por uma gama de fatores, tais como os econômicos, sociais, psicológicos e culturais, conferindo certa particularidade a cada indivíduo.Destaca-se a busca por qualidade de vida durante o envelhecimento, seja na senescência ou na senilidade, considerando o humano como um ser social, em interação com o seu meio. Nesta questão, entra em cena o envelhecimento ativo, como um processo de otimização das oportunidades de saúde (DAMASCENO et. al., 2015).A demanda pelo cuidado de idosos em I...