Custos e benefícios da inseminação artificial em pequenas propriedades leiteiras

Abstract

O estudo avaliou os custos e benefícios do programa de inseminação artificial (IA) na Região Central de Rondônia e sua evolução no período de 2011 até 2016. Dados foram fornecidos pela Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão rural do Estado de Rondônia (EMATER-RO) - Regional de Ji-Paraná-RO. Os dados foram registrados durante o Programa de Melhoramento Genético em Bovinos de Leite, por meio do Projeto Inseminar em 13 municípios, nos quais foram incluídas, 278 propriedades rurais de produção de leite. As variáveis utilizadas para mensuração da eficiência do programa foram: quantidade média de nitrogênio (N) líquido consumido, número de associações beneficiadas e número de produtores por município; número médio de vacas inseminadas e porcentagem de bezerros nascidos; porcentagem de bezerros machos e fêmeas; despesas e rentabilidade. O programa de IA durante o período de 2011 a 2016 apresentou lucratividade de R$ 195.639,17; chegando a valor médio de R$ 1.774.500,00; alcançados nas vendas de bezerros, com índice de 11 % em despesas e uma rentabilidade média de 89 %. Os valores obtidos nas vendas de bezerras reduziram no decorrer do período analisado, enquanto os custos se mantiveram estáveis. Estratégias para o manejo reprodutivo eficiente e conscientização das associações e produtores são necessárias na região para obtenção de melhores resultados.

Análise de indicadores higiênico-sanitários no leite bovino cru refrigerado comercializado na microrregião de Ji-Paraná – Rondônia - Brasil

“…No caso específico dos produtores de Rondônia que não possuem tanques resfriadores, poderiam até fazer uso dos tanques coletivos, porém alguns têm acesso limitado devido as más condições de estradas na região amazônica. Mas, é válido salientar que somente o fato de manter o leite em tanques resfriadores não garante qualidade do mesmo, assim, a prática de prevenção e controle de mastite no rebanho juntamente com adoção de boas práticas de higienização são de suma importância para diminuir os prejuízos e melhorar a qualidade do leite (Morais et al, 2020). Contudo, considerando que o limite padrão estabelecido pela legislação brasileira não é tão rígida quanto de países como Estados Unidos, países membros da União Europeia, Nova Zelândia e Austrália, e ainda assim, alguns laticínios não são aprovados na avaliação de qualidade do leite, esse fator distancia o Brasil da liderança na exportação de produtos lácteos (Vargas et al, 2013).…”

“…O Brasil detém o maior rebanho bovino comercial do mundo, com aproximadamente 215 milhões de cabeças (Batista, 2020) e a nível nacional o estado de Rondônia é o 8º maior produtor de leite e o maior da região Norte (Idaron, 2019;Morais et al, 2020) com pecuária leiteira, em geral de base familiar, com destaque na economia regional (Embrapa, 2019;Ribeiro et al, 2020). Ao utilizar o leite com finalidades comerciais e alimentícias, é primordial a aplicação de medidas de controle de qualidade (Almeida Junior & Ozelin, 2017).…”

“…Assim, os laticínios passaram a bonificar os produtores pela qualidade do leite, buscando baixos níveis de contagem bacteriana total (CBT), contagem de células somáticas (CCS) e altos teores de gordura e proteína, pois políticas de premiação por qualidade podem contribuir para a melhora da qualidade do leite (Nightingale et al, 2008;Morais et al, 2020).…”

Estimativas de rastreabilidade e certificação da carne bovina no Brasil

“…Visando a melhoria desse setor, é necessário que a tecnologia seja bem utilizada a fim de colaborar com a produtividade nas propriedades, aperfeiçoando as técnicas de criação e lucratividade dos animais, já que a rentabilidade corresponde diretamente a produtividade do rebanho. Para que haja o progresso na produção, o cuidado se dá basicamente na escolha do animal, fatores que contribuem diretamente no desenvolvimento do gado, deve-se levar em consideração para gerar lucros ao produtor (Nogueira, 2017;Morais, et al, 2020).…”

Benefícios do manejo da inseminação artificial em pequena propriedade rural no município de Douradina-MS

“…Entretanto, essa técnica não é amplamente utilizada pelos produtores devido à falta de informações e pelo fato da pecuária brasileira ser ainda bastante conservadora, gerando resistência à mudanças e dificultando a disseminação ampla de novas tecnologias (MORAIS et al, 2020).…”