Cuidado Com Pacientes E Famílias Que Vivenciam O Processo De Morte: Representações Sociais Do Enfermeiro

Abstract

Introdução: Enfermeiros cuidam da pessoa, família e coletividade, sendo assim, quando o sujeito inicia a vivencia do processo de morte a família também passa a ser alvo cuidar desses profissionais. Objetivo: Compreender e analisar as representações sociais dos enfermeiros sobre o cuidado com pacientes e famílias que vivenciam o processo de morte. Materiais e Métodos: Trata-se de estudo de campo, exploratório, qualitativo de representações sociais. Realizado em unidades oncológicas de um hospital universitário, vinte um enfermeiros foram entrevistados, estas passaram por análise de conteúdo temático-categorial. Resultados: Emergiram da análise das falas, as seguintes unidades temáticas: 1) Cuidando do paciente em processo de morte; 2) Cuidando da família do paciente em processo de morte; 3) As relações e estratégias entre o enfermeiro, paciente e família diante do processo de morte; 4) Quando ou se é o seu familiar em processo de morte. Conclusão: O cuidado com a família do paciente em processo de morte é um desafio pelos diversos aspectos que envolvem. Destacando-se que a conversa, o diálogo, o respeito e o olhar introspectivo, podem mediar estas relações.

A atuação do enfermeiro no acompanhamento de pacientes oncológicos sob cuidados paliativos

“…Quanto ao ano de publicação, foram obtidas duas publicações em 2020, duas em 2015, e uma nos anos de 2019, 2018 e 2013. Quatro artigos foram classificados com nível de evidência 3 (Gois et al, 2019;França, 2018;Alves et al, 2015;Fernandes et al, 2013), e três artigos com nível de evidência 4 (Lopes et al, 2020;Santos et al, 2018;Baliza et al, 2015).…”

“…Ao mesmo tempo, os cuidados paliativos devem ter inclusão da família no processo, mesmo diante das dificuldades que todos estão passando, o trabalho em conjunto permite a superação mútua dos sentimentos que remetem o momento que se passa, até o período da perda. Assim, o enfermeiro também realiza seu trabalho para que a família passe por menos problemas psicológicos do que seriam se não existisse nenhum suporte paliativo (Gois et al, 2019).…”

“…O enfermeiro ainda passa pelo desafio de também ser afetado pelas situações desgastantes geradas pelos sentimentos negativos que o paciente e a família estão enfrentando, como sofrimento, estresse, conflitos e vulnerabilidade. Combinados a falta de protocolos e ao estresse e ansiedade que as cargas de trabalho remetem, são processos que afetam negativamente o trabalho profissional do enfermeiro, inclusive, afetando a sua qualidade de vida, em vez de melhorar a qualidade de vida do paciente (Gois et al, 2019;Lopes, 2020).…”

Percepção de enfermeiros sobre os cuidados aos potenciais doadores de órgãos

“…Nota-se que, além de cuidar do paciente potencial doador, o enfermeiro cuida da família, a qual está fragilizada pelo processo de saúde do ente, exigindo do profissional habilidades cognitivas e emocionais, além do conhecimento técnico [16]. Algumas condutas como a conversa, o diálogo, o respeito e o olhar introspectivo podem mediar estas relações preparando-os para o momento do óbito [20].…”