“…Embora uma série de eventos correlatos tenha ocorrido em todo o país com o objetivo de derrubar os vetos da Lei nº 9.867 e implementar as propostas apresentadas pela sociedade civil, parcela significativa dos empreendimentos vinculados ao campo da saúde mental ainda configura-se como organizações informais que não possuem um espaço próprio para o desenvolvimento de suas atividades. Ademais, os próprios usuários, por não angariarem uma renda significativa nesses empreendimentos e por não terem garantidos os seus benefícios sociais e seus direitos civis enquanto segmentos considerados em desvantagem, optam por não legalizá-los (Martins, 2009 Vale dizer ainda que o estudo da experiência cotidiana é, segundo Pais (2003), associado sempre à ideia de presente, daquilo que acontece todos os dias e que implica rotina de repetição. "À rotina relaciona-se à ideia de caminho, de rota, que, por sua vez, pode estar ligada semanticamente à ruptura, a corte, a rompimento" (Pais, 2003, p. 28).…”