Com o objetivo de refletir sobre a importância da inclusão social pelo trabalho no processo de redução do estigma social pela doença, este artigo apresenta a narrativa de três usuárias, vinculadas às Oficinas de Geração de Trabalho e Renda da Reabilitação Trabalho e Arte (Retrate), que sofrem com o preconceito e a discriminação por serem portadoras de transtornos mentais. Pautando-se nas contribuições teóricas de Erving Goffman e valendo-se da proposta metodológica trazida pela sociologia da vida cotidiana e pela história oral de vida, o resultado obtido aponta que a inclusão social pelo trabalho é o principal meio para a positivação da identidade dos portadores de transtornos mentais e para a redução da estigmatização social pela doença. Ao sentirem-se reconhecidos por seu trabalho e conceberem o grupo como uma "família", esses sujeitos têm a baixa autoestima, os sentimentos de anormalidade, o medo e a desvalorização visivelmente minimizados.
RESUMO: Elaborado com base em uma situação real o presente caso de ensino busca relacionar teoria com prática por meio da confrontação de situações que envolvem nossa vida diária nas mais variadas formas organizacionais às quais fazemos parte. Propondo um método de ensino-aprendizagem participativo, visa aproximar os(as) alunos(as) da realidade da área de estudos em Administração a partir de uma percepção crítica e reflexiva da/sobre a realidade. Para tanto, toma-se como mote o conceito de burocracia que, a partir de uma perspectiva weberiana, pode ser interpretado enquanto forma de controle e dominação. Tomando isso como norte, nossa sugestão é “atuar” sobre a burocracia, justamente, por meio de seu oposto. Isso significa ponderar que, diante da normatividade, do formalismo e da fixidez da burocracia a criatividade, surge aqui como um possível caminho de desvio em direção a construções coletivas e organizacionais mais voltadas a uma perspectiva de autonomia e emancipação dos sujeitos.
Partimos do interesse do Professor Luciano Lourenço, sobre a questão da etimologia, para propor-lhe uma questão. Intencionamos suscitar a reflexão sobre o que a etimologia é capaz de dizer e ao mesmo tempo não dizer, sobre as certezas que dela se derivam, bem como sobre as incertezas que sobre ela pairam. Através desses deslocamentos, intencionamos adentrar o campo da dúvida, atitude indispensável para lidar com temas tão importantes e complexos. Questionar (bem como questionar-se) reporta, nesse escrito, sobre o fato de que o exercício intelectual exige coragem e desprendimento, elementos generosamente manifestos e latentes em toda a obra de nosso homenageado.
Este trabalho apresenta a concepção de epistemologia de si próprio, que é entendida como uma identificação de pressupostos científicos que mantemos internalizados e suas motivações. A tarefa da epistemologia de si próprio reside no desafio de objetivar a própria subjetividade, trazendo ao nível da consciência aquilo que está dentro de nós enquanto paradigma e preceito de verdade. Enquanto método, são apresentados e problematizados recursos pedagógicos utilizados em uma aula de psicologia, através de um movimento de ação-emoção-palavra com a consigna ‘o que é preciso, em primeiro lugar, para sair da gaiola?’. Assim sendo, o método de análise utilizado é o de análise de conteúdo. Nesse sentido, o que é exposto por parte dos estudantes remete a uma disponibilidade e interesse de consciência crítica. Contudo, tal disposição, em uma sala de aula de hoje, mesmo remota, - que em muito pode nos lembrar a sala de aula de cem anos atrás – apresenta limites para se concretizar. Desse modo, aponta-se para a incerteza de que os métodos atuais utilizados pelas ciências da educação estariam respondendo aos desafios da sociedade.
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