2002
DOI: 10.1590/s0102-79722002000100019
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Construções do feminino pós anos sessenta: o caso da maternidade como produção independente

Abstract: Este artigo analisa a problemática da produção independente, experiência de maternidade que surgiu com esta denominação nos anos sessenta e setenta no Brasil. Para este efeito entrevistamos mulheres que assim denominaram sua experiência de mães, procurando analisar, através dos seus discursos, alguns aspectos que dizem respeito às construções do feminino, como destacamos no título.Consideramos, portanto, a produção independente na perspectiva de uma construção, um acontecimento, dentre outros, que se inscreve … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
0
0
21

Year Published

2003
2003
2021
2021

Publication Types

Select...
6
2

Relationship

0
8

Authors

Journals

citations
Cited by 14 publications
(21 citation statements)
references
References 2 publications
(2 reference statements)
0
0
0
21
Order By: Relevance
“…A maternidade ainda é vista como um fator fundamental e constituinte da identidade feminina, mesmo quando a mulher possui atividades profissionais ou mesmo não pode ter filhos (ver estudos de Lessa, 1996;Szapiro & Féres-Carneiro, 2002;Trindade,1993). No entanto, tomando por base as concepção de representação social, vemos que as mulheres deste estudo não são receptoras passivas de um modelo de maternidade já dado -como o modelo apontado por Badinter (1985), no qual a maternidade estava exclusivamente relacionada ao instinto e sacrifício.…”
Section: Discussionunclassified
“…A maternidade ainda é vista como um fator fundamental e constituinte da identidade feminina, mesmo quando a mulher possui atividades profissionais ou mesmo não pode ter filhos (ver estudos de Lessa, 1996;Szapiro & Féres-Carneiro, 2002;Trindade,1993). No entanto, tomando por base as concepção de representação social, vemos que as mulheres deste estudo não são receptoras passivas de um modelo de maternidade já dado -como o modelo apontado por Badinter (1985), no qual a maternidade estava exclusivamente relacionada ao instinto e sacrifício.…”
Section: Discussionunclassified
“…A maternidade não pode ser reduzida aos aspectos biológicos, pois, "[...] do ponto de vista da cultura humana, não existe fato biológico em si; o que existe são, portanto, discursos próprios a cada cultura que constituem os fatos biológicos" (Szapiro;Carneiro, 2002, p. 183). A maternidade seria, então, um fenômeno social e consequentemente uma construção sócio-histórica (Kimura, 1997).…”
Section: Sexo Gravidez E Maternidade Nas Ruasunclassified
“…Se trata de mujeres que, en su mayoría, tienen estudios universitarios y acceden a la maternidad en torno a los 40 años de edad, esto es, siendo ya maduras, puesto que no emprenden sus proyectos familiares hasta no considerar estabilizadas sus carreras profesionales y no haberse forjado una situación socioeconómica y socioafectiva que les permita mantener solas una familia. De esta manera, no sólo han obedecido -como se ha dicho-los mandatos sociales dirigidos a las mujeres de su generación, sino que han hecho suyos los valores del individualismo que caracterizan la sociedad contemporánea, operando a partir de ellos una construcción de género atravesada por ideas como las de previsión, independencia económica, libertad, responsabilidad, elección... o realización personal (cifra Beck-Gernsheim 2003;Szapiro y Féres-Carneiro 2002).…”
Section: Conclusionesunclassified
“…No obstante, en Brasil, donde recibe el nombre de produção independente cuando alude a la maternidad biológica, hallamos una tesis doctoral temprana, la de la antropóloga Tania Dauster, quien la defiende en 1987 en la Universidad Federal de Río de Janeiro, y algo más tarde, los artículos de Ana Maria Szapiro y Terezinha Féres-Carneiro (2002), de Eduardo Leite (2003) y de María Amelia Castagno (2008, el primero planteado desde la psicología y los otros dos desde el derecho. El tercero trata sobre "los conflictos jurídicos" que, en opinión de Castagno, surgen entre tres derechos reconocidos por la legislación brasileña: el de la mujer sin pareja a planear una familia monoparental, el del hijo/a a que se determine quién es su padre y el del donador de gametos al anonimato.…”
unclassified