Conhecimento e Atitudes sobre o Câncer de Próstata no Brasil: Revisão Integrativa

Abstract

Introdução: O câncer de próstata está entre as doenças crônicas não transmissíveis que mais afetam os idosos, sendo a idade um fator relevante para esse agravo. É o segundo tipo de câncer de maior prevalência na população masculina, tornando-se um problema de saúde pública. Para tanto, a prevenção e o diagnóstico ficam comprometidos pela baixa procura dos homens ao serviço de saúde. Objetivo: Identificar os obstáculos para a realização do exame de próstata entre os homens. Método: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados da BVS, Lilacs, Medline e BDENF. Foram critérios de inclusão: artigos científicos que retratam as ações públicas direcionadas ao câncer de próstata, indexados na base de dados da BVS, publicados em língua portuguesa, inglesa e em espanhol, disponíveis on-line na íntegra. Resultados: Foram encontradas 68 publicações na base de dados Medline, 62 na Lilacs e na BDENF 17, totalizando 147 artigos que poderiam ter relação com o tema da pesquisa. Após leitura dos resumos, desse total, 139 artigos não possuíam relação direta com o estudo, estavam indexados em mais de uma base de dados ou estavam duplicados, totalizando oito artigos publicados para análise. Discussão: Após leitura interpretativa, emergiram três categorias: dificuldades políticas organizacionais para a prevenção do câncer de próstata, dificuldades socioculturais para prevenção do câncer de próstata e estratégias para prevenção desse câncer. Conclusão: É necessário desenvolver a prevenção com mais naturalidade, a partir de informações claras e eficazes pelos meios de comunicação.

Câncer de próstata: prevenção e diagnóstico

“…Sendo o câncer uma das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que mais afetam os homens, o Câncer de próstata é o segundo mais frequente em homens, o mesmo surge de forma silenciosa e muitas vezes assintomático, é um problema de saúde pública para a população masculina, vai se tornar a neoplasia com mais incidência no país somente atrás do câncer de pele não melanoma [8][9][10] .…”

“…Diversos fatores como aspectos socioculturais, como o medo, a vergonha, o preconceito, a falta de incentivo, até a precarização dos serviços públicos de saúde, que limita aos homens terem acesso aos serviços de saúde e a baixa procura do serviço pelos homens, a falta de conhecimento sobre o PNAISH que tem como meta promover ações de saúde, de forma a fortalecer e qualificar a atenção primária, assegurando a promoção da saúde e a prevenção, acaba levando a barreiras como a falta de tempo para ir aos serviços de saúde, considerando que no horário que o postos de saúde estão abertos por ser em horário comercial a maioria dos homens estão trabalhando e também tem as filas que são enormes dificultado o acesso a atenção primaria. A falta de divulgação e incentivo na conscientização de homens sobre o autocuidado 8,11,12,14 .…”

“…Os fatores de risco para Câncer de próstata são idade avançada (superior a 50 anos), etnia, mutações específicas, incluem dieta, tabagismo e obesidade, a indicação de rastreamento se mostrou controversa, podendo apresentar dificuldade para urinar em sua fase inicial, é preconizado uma avalição anual para homens a partir dos 50 anos, com 40 anos se tiver parente de 1º grau com histórico da doença e negros, porém na fase avançada, pode haver dor óssea, dificuldade ao urinar ou infecção generalizada ou até mesmo insuficiência renal 8,15,16,18,19 .…”

Sentimentos, conhecimento e práticas entre homens quanto ao diagnóstico de câncer de próstata

“…O objetivo principal para o desenvolvimento dessas ações será, portanto, levar a transformação e mudanças na prática assistencial preventiva, voltada para percepção dos homens e sua singularidade com ênfase nos cuidados de saúde, reduzindo seus medos e constrangimentos e assim contribuir de forma significativa para a prevenção e controle da doença 7 .…”

“…A forma de rastreio da doença se dá basicamente através do toque retal e dosagem de Antígeno Prostático Específico (PSA) 1 . No entanto, o toque retal, atualmente, ainda pode ser visto com temor por alguns homens, tanto pelo fato de que ele precisa ser tocado na parte inferior do seu corpo, além da dor ocasionada pelo exame, tanto simbólica como física, associada como a violação ao ser masculino 7 .…”