“…Nesse contexto, a desinformação, fenômeno que compreende o ato de produzir e/ou compartilhar informações forjadas com o intuito de enganar o indivíduo (Wardle e Derakshan, 2017), também se apresentou de forma relevante e estruturou-se a partir de distintos formatos e alvos diferenciados em um contexto de alta polarização política (Costa, 2019;Allcott et al, 2020), baixa credibilidade da imprensa tradicional (Mick, 2019), alta circulação de conteúdo gerado pela cultura digital e pelas redes sociais (Recuero, Soares e Zago, 2020), e reforço de teorias conspiratórias (Albuquerque e Quinan, 2019). Além disso, a desinformação foi aliada à perda de referência das instituições científicas como agentes que organizam as noções de verdade em momentos de conflitos (Oliveira, 2020), as quais são substituídas pela força das experiências (Van Zoonen, 2012;Sacramento e Paiva, 2018).…”