saúde é atualmente um dos bens sociais mais valorizados, tanto na perspectiva individual quanto coletiva. Considera-se que as transformações sociais, políticas, econômicas, científicas e culturais que caracterizaram o desenvolvimento de tipo capitalista das economias da Europa Ocidental a partir do século XVIII se constituíram na base para a substituição do adiamento da doença e da morte pela apropriação da saúde como razão maior para o viver. De fato, grandes mudanças ocorreram nesses países, como apontam os estudos que analisam os dados relativos à mortalidade, morbidade e esperança de vida, e com particular intensidade no período após a Segunda Guerra Mundial (Lain Entralgo, 1982; Canguilhem,1988).