Briófitas do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, RJ, Brasil

Abstract

Este trabalho representa uma síntese do conhecimento florístico de briófitas do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, com resultados de campo, material de herbário e publicações. Foram registrados 61 táxons de briófitas, pertencentes a 15 famílias e 33 gêneros. Para cada táxon foram analisados a distribuição geográfica, o tipo de substrato e a forma de vida. A família predominante foi Lejeuneaceae (25 espécies), seguida de Jubulaceae (sete), Calymperaceae (quatro) e Sphagnaceae (quatro). Entre as espécies, predominaram as de distribuição Neotropical (35%). Com relação ao substrato preferencial, a maior parte dos táxons é corticícola. A forma de vida predominante foi o tapete, seguido pelo tufo e a trama. O Parque possui brioflora bastante representativa no que diz respeito à vegetação de restinga, com 45% dos táxons de briófitas conhecidas para as restingas no Brasil e 82% das conhecidas para as restingas do estado do Rio de Janeiro. É apresentada uma chave para identificação das espécies.

Aspectos brioflorísticos e fitogeográficos de duas formações costeiras de Floresta Atlântica da Serra do Mar, Ubatuba/SP, Brasil

“…Táxons neotropicais somados àqueles com padrões de distribuição mais amplos (América tropical e subtropical, afroamericano, pantropical e amplo), daqui em diante denominados amplamente distribuídos, totalizaram 103 táxons em ambas as fitofisionomias (94% dos táxons da FR e 92% daqueles de TB), resultados semelhantes aos encontrados por Imbassahy et al (2009), para a Restinga de Jurubatiba, no Estado do Rio de Janeiro (90% dos táxons). Para uma área submontana na Serra dos Órgãos (Santos & Costa 2008), o número de espécies de briófitas amplamente distribuídas diminui (81%) e essa tendência também foi observada para a flora de hepáticas do Rio de Janeiro (Santos & Costa 2010b), com 84% dos táxons de terras baixas, 78% de submontana, 74% de montana e 64% de alto-montana, quanto para a flora de musgos (Costa & Lima 2005), com 85, 90, 74 e 65%, respectivamente.…”

Bryophyte communities of restingas in Northeastern Brazil and their similarity to those of other restingas in the country

“…Restingas from Bahia and Southeastern Brazil that were selected for comparative analysis in this study ranged in bryophyte species richness from eight to 175 species. Extensive heterogeneity in bryophyte species richness among restingas has been noted previously, such as for the Parque Nacional da restinga de Jurubatiba, Rio de Janeiro (Imbassahy et al 2009) and the Parque Estadual Paulo César Vinha in Espírito Santo (Silva & Piassi 2010). The authors of these studies considered ecotonal factors and dissimilarities of vascular communities to be determinants in the differentiation of the non-vascular flora.…”

“…and Calymperaceae (six spp.). The high-representation of Lejeuneaceae is common to nearly all floristic surveys of tropical forests, but especially in lowlands up to moderate altitudes (Gradstein et al 2001), including areas of restinga (Bastos & Yano 2006;Peralta & Yano & 2008;Imbassahy et al 2009; among others). The genera Lejeunea and Fissidens had the greatest species richness with 10 and eight species, respectively.…”

“…Some species stand out as being reported, to date, only from the Northeastern restingas, although they are common in other vegetation formations, such as Calymperes lonchophyllum, Campylopus gardneri, Fissidens goyazensis, Lejeunea trinitensis and Metalejeunea cucullata. On the other hand, the absence of representatives of Metzgeriaceae, Plagiochilaceae and Radulaceae is remarkable, since they are common in the Visnadi (2010) Barra do Ribeira, Iguapé 69 Yano & Peralta (2004) Southeastern restingas (e.g., Costa et al 2006;Imbassahy et al 2009;Visnadi 2010) and relatively widely distributed in remnants of Atlantic Forest in the Northeast. One of factors that may be responsible for limiting the species of these families from occupying the studied restingas may be their more severe limitation of moisture.…”

“…In order to assess affinities between the bryofloras of the study areas with those reported for restingas of Bahia and Southeastern Brazil, a matrix of binary data was built by compiling data from the following: Bahia (Bastos & Yano 2006); Espirito Santo Visnadi & Vital 1995;Silva & Piassi 2010); Rio de Janeiro (Costa et al 2006;Imbassahy et al 2009); and São Paulo (Vital & Visnadi 1994;Yano & Peralta 2004;Visnadi 2010;Santos et al 2011). This matrix was subjected to the same methodology described for the calculation of floristic similarity.…”