RESUMO O trabalho apresenta os resultados do levantamento fitossociológico do componente arbóreo (DAP ≥ 5 cm) de um trecho de Mata Atlântica de encosta, na Estação Ecológica Estadual do Paraíso, Cachoeiras de Macacu, RJ. 0 clima da área é do tipo A'Ar, com temperatura média de 23,0ºC e precipitação de 2.558,4 mm anuais. O solo predominante é da classe Cambissolo. O levantamento fitossociológico foi realizado pelo método de quadrantes. Nos 150 pontos, foram amostrados 592 indivíduos vivos, distribuídos por 42 famílias, 83 gêneros e 138 espécies, e 8 mortos ainda em pé. As 5 espécies mais importantes são: Neoraputia magnifica var. magnifica, Euterpe edulis, Gallesia integrifolia, Chrysophyllum flexuosum e Calycorectes sellowianus. Myrtaceae apresenta o maior número de indivíduos (18,6% do total) e de espécies, com 27 (19,6%) das 138 levantadas. As 5 famílias de maior VI são: Sapotaceae, Myrtaceae, Rutaceae, Meliaceae e Palmae. O índice de diversidade de Shannon (H') é de 4,20 e a equabilidade (J), de 0,85. A mata apresenta dois estratos arbóreos, praticamente contínuos (1,8-18 m; 20-30 m), além de árvores emergentes (até 45 m). As distribuições de diâmetro (altura do estipe para Euterpe edulis) das principais espécies amostradas indicam regeneração abundante e estrutura populacional estável. Sugere-se que a mata encontra-se, possivelmente, em clímax ou em estágio sucessional muito próximo.
The Atlantic Forest suffered five centuries of continuous deforestation related to successive economic cycles, and is now reduced to 11.7 % of its original cover. The Atlantic Forest Restoration Pact was launched in 2009 and aims to restore 15 million hectares until 2050. Natural regeneration can play an important role in meeting this target, however little attention has been paid to this process and there is a gap in the knowledge about its driving factors at the landscape scale. We mapped forest cover of an Atlantic Forest municipality in Southeastern Brazil, in five timeslots between years 1978 and 2014, Communicated by Jefferson Prado, Pedro V. Eisenlohr and Ary T. de Oliveira-Filho.Electronic supplementary material The online version of this article (and used the weights of evidence method for modeling its spatial dynamics, in order to understand where natural regeneration is occurring and which are the main factors related to this phenomenon. In 36 years, forest cover increased 3,020 hectares (15.3 %), related to the decreasing of both rural population (R 2 = 0.9794, p = 0.0013) and cropland cover (R 2 = 0.8679, p = 0.0212). Landscape metrics shows the increment of number of fragments and structural connectivity among them. The main spatial variables influencing forest cover dynamics were topographic position, slope, solar radiation, soil type and distance to forest, urban areas and roads. Secondary forests provide ecosystem services that can turn into economic benefits, and natural regeneration can reduce restoration costs to the municipality. The cost of active restoration of the same area would have meant a total expense of U$ 15.1 million (U$ 419 k/year). We show here that spontaneous regeneration must be accounted for and incorporated into the spatial planning of Atlantic Forest restoration.
We examined the frequency of hermaphroditic, monoecious, and dioecious species of angiosperms in restinga (sandy coastal plain) vegetation in SE Brazil. The study site was a vegetation mosaic comprising nine plant formations, ranging from open types to forest. Dioecy (14% of 566 species) was similar to other tropical vegetations and strongly associated with woodiness and entomophily. However, more interestingly, there was an exceptionally high percentage (35%) of dioecious species among the dominant woody plants. This pattern has not been previously reported, and we discuss the extent to which it is ecologically driven. We argue that the high abundance of dioecious plants in this resource-poor environment can be attributed to ecological traits related to long-distance dispersal, ecological vigor, and possibly, vegetative reproduction.
-(Spatial variation in the structure and floristic composition of "restinga" vegetation in southeastern Brazil). We examined large-scale spatial variation of structural parameters and floristic composition in open Clusia scrub, a vegetation type of the Brazilian "restingas" (sandy coastal plain vegetation). This vegetation is organized in islands separated by sandy stretches with sparse herbaceous vegetation. We located 12 sample areas on three consecutive beach ridges, lying parallel to the coastline and at different distances from the ocean, in close proximity to two lagoons (Cabiúnas and Comprida). Each sample area was divided into three strips. We used the line intercept method to sample all woody plants ³ 50 cm tall. We used nested ANOVA to verify structural variation between different sampling scales. TWINSPAN analysis was performed to examine the variation in floristic composition between areas. The overall diversity index was 3.07. Six species are repeatedly dominant throughout the entire sampling area. There was homogeneity in relation to diversity and species richness between beach ridges but not within beach ridges. Floristic composition and structural parameters did not vary in relation to distance from the sea but floristic composition did vary as a function of proximity to Cabiúnas or Comprida lagoon. Differences in plant cover between sample areas may be related to the paleoformation of this sandy coastal plain.Key words -phytosociology, plant community, sampling scale, sandy coastal plain RESUMO -(Variação espacial na estrutura e composição florística de uma vegetação de restinga no Sudeste brasileiro). A variação em ampla escala espacial para parâmetros estruturais e composição florística foi examinada para uma formação aberta de Clusia, um tipo vegetacional das restingas brasileiras. Esta vegetação é organizada em moitas separadas por areia com esparsa vegetação herbácea. Foram levantadas 12 áreas amostrais em três cordões arenosos paralelos, às margens de duas lagoas costeiras (Cabiúnas e Comprida). Estes cordões estavam dispostos a diferentes distâncias do mar. Cada área amostral foi dividida em três faixas. Usamos o método de intercepto de linha para amostrar todas as plantas lenhosas ³ 50 cm de altura. Foi empregada ANOVA hierárquica para verificar a variação estrutural em diferentes escalas amostrais, e análise de TWINSPAN para examinar a variação na composição florística entre áreas. A diversidade total da área (H') foi de 3,07. Apenas poucas espécies foram repetidamente dominantes ao longo de toda a área amostral. Houve homogeneidade em relação à diversidade e riqueza de espécies entre cordões arenosos, mas não dentro destes cordões. Composição florística e parâmetros estruturais não variaram em relação à distância do mar, mas a composição florística variou em função da lagoa que margeava. As diferenças observadas na cobertura vegetal podem estar relacionadas com a história geológica desta área de restinga.
RESUMO -(Estrutura de duas formações vegetais do cordão externo da restinga de Marambaia, RJ). Foram caracterizadas duas formações vegetais, psamófila-reptante e arbustiva de Palmae, no cordão arenoso externo da restinga de Marambaia (RJ) com base na posição topográfica, na fisionomia e na estrutura, utilizando-se o método de parcelas. Embora as duas formações sejam visualmente distintas, há uma zona de transição entre elas. Das 23 espécies amostradas na formação psamófila-reptante, Ipomoea pes-caprae, Ipomoea imperari, Allagoptera arena ria, Sporobolus virginicus, Remirea maritima e Panicum racemosum despontaram com maiores valores de importãncia (VI). A formação halófila dominada por Blutaparon portulacoides, típica de outras restingas no litoral brasileiro, não foi identificada devido ao intenso dinamismo da faixa entre o mar e a primeira linha de cristas praiais estabilizadas. A formação arbustiva de Palmae é dominada por Allagoptera arenaria, com 56% do VI total, dentre as 64 espécies amostradas. As duas formações são dominadas por geófitas rizomatosas.Palavras-chave -formações vegetais, fitossociologia, Marambaia, restinga ABSTRACT -(Structure of two plant communities on Marambaia barrier island, Rio de Janeiro, Brazil).Two plant communities (creeping psamophyte and paim scrub) are described from the outer Marambaia beach ridge, Rio de Janeiro State, Brazil, based on topography, vegetation physiognomy, and structure. Although the two communities can be distinguished visually, they are joined by a transition zone. Ipomoea pes-caprae, Ipomoea imperati, Remirea maritima, Allagoptera arenaria, Sporobolus virginicus, and Panicum racemosum were the most important species sampled in the creeping psammophyte community out of a total of23. The halophyte community reported for other sandy coastal plains in Brazil was not observed at Marambaia due to the intense wave action on this beach. The paim scrub community was dominated by Allagoptera arenaria (56% of total importance value) out of a total of 64 species. Rhizome-geophytes dominate both communities.
No Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba localiza-se o site 5 do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), região de grande diversidade de hábitats e riqueza florística nas restingas do Norte do Estado do Rio de Janeiro. Para descrever a composição florística e estrutura do estrato herbáceo da formação aberta de Clusia foram amostrados todos os indivíduos deste estrato utilizando-se o método de parcelas. Em três diferentes áreas foram distribuídos 200 quadrados de 1m², totalizando 600m². Em cada quadrado anotou-se o número de indivíduos e percentagem de cobertura de cada espécie. Para a comparação entre as áreas utilizaram-se os índices de Similaridade de Sørensen, diversidade de Shannon (H') e equabilidade de Pielou (J'). Foram amostrados 39 espécies e 3.021 indivíduos. Allagoptera arenaria (Gomes) Kuntze, Vriesea neoglutinosa Mez, Aechmea nudicaulis (L.) Griseb., Stigmaphyllon paralias A. Juss., Neoregelia cruenta (Graham) L.B. Sm., Anthurium maricense Nadruz & Mayo, Pilosocereus arrabidae (Lem.) Byles & G.D. Rowl. e Ipomoea imperati (Vahl) Griseb. obtiveram os maiores valores de importância. A diversidade foi H'=1,89 nats/m² e a equabilidade J'= 0,52, utilizando a cobertura como medida de abundância das espécies por esta evitar a subjetividade na definição de indivíduos e melhor representar a estrutura oligárquica aqui descrita. O ponto A diferencia-se significativamente de B e C quanto ao número de indivíduos e à cobertura vegetal herbácea. O número de espécies e os índices de diversidade não apresentaram diferenças significativas. Os resultados aqui apresentados diferem parcialmente dos obtidos anteriormente para o estrato arbustivo, sugerindo que estudos sobre distribuição espacial e associação entre espécies são necessários para esclarecer as relações entre estes dois estratos.
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