Em 1960 inaugurava-se Brasília, meta síntese do plano de JK e obra prima da arquitetura moderna brasileira. Comumente críticos e historiadores do campo da arquitetura levam a crer que, primeiro, o grupo de arquitetos reunidos em torno de Lucio Costa e Oscar Niemeyer era a imagem da arquitetura moderna brasileira, achatando embates e confrontos internos ao campo entre arquitetos identificados como modernos, e entre esses e os demais; segundo, que a arquitetura moderna brasileira é intrinsicamente desenvolvimentista. Tendo por objetivo construir uma análise aprofundada das relações entre arquitetura e desenvolvimento, este artigo retoma este conceito partindo da figura de um de seus principais contribuintes no Brasil, Celso Furtado, procurando identificar alguns possíveis pontos de contato entre desenvolvimentismo e modernismo.