Ao professor Hugo Segawa, pelo empenho na orientação deste trabalho, por ter me oferecido incentivo contínuo e pelas questões sempre estimulantes; à professora Renata Klautau Malcher de Araújo, pelas observações que muito contribuíram para direcionar a pesquisa e por todo o auxílio ao supervisionar as atividades em Lisboa; às professoras Íris Kantor e Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno pelas valiosas críticas e sugestões no Exame de Qualificação e também pelo encorajamento, além de tantas outras formas de apoio; à professora Heloisa Bellotto, pelas indicações esclarecedoras e pelo auxílio à navegação nos arquivos de Lisboa e Vila Real; aos professores Ana Paula Torres Megiani e Euler Sandeville Jr. pelas observações enriquecedoras e pela colaboração na Qualificação; aos professores Murilo Marx e Nestor Goulart Reis Filho, por terem partilhado sua vasta erudição sobre o tema. A pesquisa beneficiou-se de animadas discussões inter-regionais com Rubenilson Brazão Teixeira, Clóvis Ramiro Jucá Neto, Maria Berthilde de Moura Filha e Adriano Bittencourt Trindade. A leitura comentada de parte do texto por Juliano Loureiro de Carvalho trouxe sugestões muito oportunas. Pela companhia no percurso e pela troca de textos e idéias, agradeço também aos colegas Silveli
Resumo A discussão sobre a apropriação de modelos e referências internacionais ao plano urbanístico de Brasília é um dos tópicos na historiografia sobre a capital e contribui para uma discussão mais ampla acerca de possíveis especificidades do movimento moderno no Brasil. No entanto, tal discussão tende a se restringir à concepção do núcleo traçado por Lúcio Costa em 1957. Este artigo pretende ir além da ênfase usual no Plano Piloto para analisar determinações iniciais para a organização do território do Distrito Federal e para a criação de suas cidades-satélites, entre fins da década de 1950 e início dos anos 1970. Essa análise aponta para a peculiar assimilação de um ideário inglês no campo do planejamento urbano e regional em circulação na primeira metade do século 20.
RESUMO A crítica à nova capital do Brasil inaugurada em 1960 concentrou-se na arquitetura e no traçado do Plano Piloto concebido por Lucio Costa, mas não deixou de apontar uma suposta ausência de planos para integrar aquele núcleo original ao território onde se inseriu. A partir de uma documentação inédita, compreendendo planos e projetos para organizar o sistema de abastecimento e a indústria em Brasília entre fins da década de 1950 e início da década de 1960, este artigo demonstra, porém, que houve um significativo esforço no sentido de um planejamento regional do Distrito Federal. A análise mostra ainda que a elaboração daqueles planos foi tributária de uma contínua preocupação com o abastecimento da capital expressa desde fins do século 19 e identifica suas relações com ideias e experiências correntes no campo do planejamento urbano e regional em meados do século 20.
RESUMO: Este artigo acompanha algumas dinâmicas de implantação de núcleos urbanos na capitania de São Paulo durante a administração do governador e capitão-general Morgado de Mateus (1765Mateus ( -1775. Destacam-se momentos significativos do processo de formação de paisagens urbanas, desde o recrutamento de povoadores e a busca de sítios até a definição dos traçados. A intenção é mostrar que a Coroa portuguesa foi tentando organizar determinados modos de conduzir a expansão urbana, ao passo que experiências e circunstâncias locais constantemente exigiram arranjos novos e específicos. A análise fundamenta-se numa seleção da documentação oficial já publicada e também em correspondência, em boa parte inédita, proveniente de agentes locais encarregados de tarefas ligadas ao povoamento. Procura-se tratar da política urbanizadora daquele período como um processo desenvolvido num contexto de conflitos mais do que como produto de um projeto pré-delineado por autoridades metropolitanas ou alheio a realidades do lugar. PALAVRAS-CHAVE: Urbanização. Política urbanizadora. Capitania de São Paulo. Século XVIII.ABSTRACT: This article investigates some of the dynamics associated with the establishment of urban nuclei in the captaincy of São Paulo during the administration of the Morgado de Mateus, governor and captain-general of the captaincy from 1765 to 1775. Several significant aspects about the formation process of urban landscapes stand out, from the recruitment of settlers and the search for suitable sites to the definition of urban layouts. The intention of this study is to show that the Portuguese crown made efforts to organize certain processes for conducting urban expansion, whilst local experience and circumstances continually demanded new and specific arrangements. The analysis is based on a selection of previously-published official documents, as well as mostly unpublished correspondence from local agents in charge of settlement-related tasks. The urbanization policy of the period is dealt with as a process that was executed in the context of conflicts, rather than as the product of a project pre-planned by metropolitan authorities or detached from the realities of the place at that time.
Um dos tópicos da crítica à nova capital do Brasil inaugurada em 1960 é a ausência de um plano com intuito de inseri-la em seu contexto regional ou de organizar sua expansão urbana. Este artigo não refuta por completo essa crítica, mas mostra que instrumentos e conceitos então correntes no campo do planejamento regional foram aventados por comissões científicas desde fins da década de 40 e consubstanciaram-se em determinações e planos da Novacap para organização do território e distribuição de serviços públicos de abastecimento, educação e assistência à saúde no DF. A análise atenta sobretudo para o modo como as cidades-satélites foram concebidas nos anos iniciais da construção de Brasília.
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