Avaliação E O Atendimento Educacional Especializado

Abstract

A educação especial, como modalidade que perpassa níveis, etapas e modalidadesde ensino, trouxe para o sistema educacional demandas de novos serviços que suscitam areflexão a respeito dos aspectos que surgem neste processo e, dentre eles, destaca-seavaliação. A temática, que já é complexa, torna-se ainda mais polêmica quando recai sobre aavaliação de alunos que são público alvo da educação especial. Assim, este trabalho visaapresentar a análise da avaliação no atendimento educacional especializado em sala derecursos multifuncionais, mais especificamente o modo como os alunos têm sido identificadospara o encaminhamento da avaliação da aprendizagem e das avaliações institucionais. Estapesquisa foi desenvolvida no âmbito do Observatório Goiano de Educação Especial,vinculado ao Observatório Nacional de Educação Especial, e envolveu professores de salas derecursos de dez municípios do sudeste goiano. É uma pesquisa do tipo colaborativa e aconstrução dos dados ocorreu por intermédio de sessões reflexivas, através das etapas dedescrição, informação, confrontação e reconstrução. Foram elencadas três categorias:avaliação para encaminhamento, avaliação da aprendizagem do estudante e avaliação emlarga escala. Os resultados demonstram o seguinte: o laudo médico perpassa todas asdiscussões atinentes ao atendimento destes alunos e é considerado importante para oplanejamento das ações educativas; a necessidade dos instrumentos avaliativos seremadaptados para checar a aprendizagem desses alunos; as avaliações externas não consideramas especificidades dos alunos e que o insucesso pode implicar consequências negativas para aescola, interferindo em seu Ideb. Os resultados revelam ainda a preocupação e a dificuldadedos professores em avaliarem esses alunos.

O plano educacional individualizado: proposta de um método de pesquisa na formação docente

“…Do mesmo modo, Tartuci et al (2014) apontam que as trocas de experiências e conhecimentos entre os professores, a aproximação da universidade-escola, pesquisa-ensino e formação inicial-formação continuada constituem como elementos essenciais para que alunos com deficiência tenham acesso, permanência e sucesso nas escolas regulares.…”

Estratégias pedagógicas e avaliações utilizadas com alunos público-alvo da Educação Especial segundo relato dos professores da sala de aula comum e da Educação Especial

“…Uma alternativa para amenizar esse impasse seria a elaboração de redes de apoio dentro das comunidades escolares, de modo que sejam promovidos momentos de troca de informações e estudos compartilhados (BRIANT;OLIVER, 2012;TARTUCI et al, 2014). Acredita-se que tal Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 11, n. 2, p. 482-504, maio/ago.…”

O lúdico no processo de ensino e aprendizagem de matemática no atendimento educacional especializado

“…Estudos realizados por Tartuci et al (2014), apontam três categorias temáticas sobre avaliação dos estudantes que são público de atenção da educação especial: a primeira se refere a avaliação para encaminhamento ao AEE; a segunda discute sobre avaliação da aprendizagem do estudante e a terceira trata sobre a avaliação de larga escala. Num primeiro momento, deve-se pontuar que a avaliação se faz presente nos diversos espaços escolares, principalmente quando se fala em deficiência intelectual em que o [...] modelo médico-pedagógico não atende aos anseios de ensino e aprendizagem dos alunos inseridos nas salas de recursos multifuncionais e a estrutura de atendimento dos órgãos públicos não responde às demandas da educação inclusiva (p. 76).…”

“…Por isso, é fundamental a parceria e o trabalho realizado de maneira interdisciplinar. Tartuci et al (2014) asseveram que a avaliação de larga escala é criticada pelos professores que realizam acompanhamento dos estudantes com deficiência nas SRMs, embora, segundo Luckesi (2013), os resultados dessa avaliação não devem colocar os professores em autodefesa, nem mesmo servir de base para premiação ou punição para as intuições e profissionais do sistema educacional. Já Liebl, Cordeiro e Lima (2022), apresentam no texto "Estudantes públicoalvo da educação especial e avaliações em larga escala: reflexões a partir de uma rede de ensino do planalto norte catarinense" por meio de dados coletados em entrevistas semiestruturadas com professores da rede pública de ensino de educação básica, os baixos rendimentos dos estudantes com deficiência na avaliação em larga escala.…”