Abstract:O planejamento estratégico, embora difundido devido as vantagens proporcionadas às organizações, encontra dificuldades para ser implantado em ambientes dinâmicos e complexos, como os das instituições de ensino superior. Todavia, há fatores que incidem como facilitadores a essa implantação, auxiliando organizações a alcançarem eficácia. Nesse contexto, o presente artigo objetivou avaliar o processo de planejamento estratégico implantado em uma universidade pública brasileira. Buscou-se identificar as barreiras … Show more
“…Alguns mentores entrevistados apontaram como entrave o pouco conhecimento sobre as dimensões conceituais e técnicas aplicadas à rotina gerencial, o que dificulta a condução dos trabalhos e se apresenta como barreira. A formação docente apresenta lacunas no desenvolvimento de saberes e competências correlatos à gestão organizacional (FALQUETO et al, 2019), o que pode ser exemplificado na fala a seguir: "As funções administrativas são preteridas pelos professores até mesmo pelo estilo da sua formação e atuação, mas querendo ou não nós só conseguimos ter sucesso se nós temos um processo administrativo sendo desenvolvido." (Anônimo 31 de agosto de 2020).…”
Section: Barreiras E Dificuldadesunclassified
“…Por esse motivo, entende-se que o PE deve se alinhar aos documentos norteadores da universidade. A falta de integração entre os planejamentos da universidade e suas unidades acadêmicas pode prejudicar o cotidiano institucional e, consequentemente, dificultar o alcance dos objetivos perseguidos (FALQUETO et al, 2019). Assim, a partir de uma leitura atenta do documento norteador da Unidade Acadêmica, identificaram-se cinco menções específicas a elementos ligados diretamente ao esporte e ao lazer -que são campos de atuação presentes na missão, nos valores e na visão da Escola de Educação Física -e, por esse motivo, foram utilizados como descritores da pesquisa.…”
Monitorar e analisar a execução das metas pactuadas no Planejamento Estratégico da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Ouro Preto, nos 18 primeiros meses de implementação. Realizaram-se 15 entrevistas semiestruturadas com 12 mentores e três discentes que ocupam representações estudantis. Utilizou-se análise de conteúdo, possibilitando delineamento de quatro categorias: a) resultados preliminares obtidos; b) potencialidades do instrumento; c) barreiras e enfrentamentos; d) propostas de aperfeiçoamento. Observou-se que a maioria das metas teve ações norteadoras iniciadas, mas nenhuma concluída. Ressalta-se que o contexto da pandemia mundial (covid-19) exerceu significativo impacto, interferindo diretamente nos resultados. O estudo apresenta caráter de monitoramento em relação à ferramenta de gestão, tendo em vista a relevância de implementar mecanismos para avaliação sistematizada dos indicadores de desempenho institucionais. Espera-se que as potencialidades percebidas sejam fortalecidas, as barreiras sejam superadas e as propostas de aperfeiçoamento sejam discutidas coletivamente com a finalidade do desenvolvimento da instituição.
“…Alguns mentores entrevistados apontaram como entrave o pouco conhecimento sobre as dimensões conceituais e técnicas aplicadas à rotina gerencial, o que dificulta a condução dos trabalhos e se apresenta como barreira. A formação docente apresenta lacunas no desenvolvimento de saberes e competências correlatos à gestão organizacional (FALQUETO et al, 2019), o que pode ser exemplificado na fala a seguir: "As funções administrativas são preteridas pelos professores até mesmo pelo estilo da sua formação e atuação, mas querendo ou não nós só conseguimos ter sucesso se nós temos um processo administrativo sendo desenvolvido." (Anônimo 31 de agosto de 2020).…”
Section: Barreiras E Dificuldadesunclassified
“…Por esse motivo, entende-se que o PE deve se alinhar aos documentos norteadores da universidade. A falta de integração entre os planejamentos da universidade e suas unidades acadêmicas pode prejudicar o cotidiano institucional e, consequentemente, dificultar o alcance dos objetivos perseguidos (FALQUETO et al, 2019). Assim, a partir de uma leitura atenta do documento norteador da Unidade Acadêmica, identificaram-se cinco menções específicas a elementos ligados diretamente ao esporte e ao lazer -que são campos de atuação presentes na missão, nos valores e na visão da Escola de Educação Física -e, por esse motivo, foram utilizados como descritores da pesquisa.…”
Monitorar e analisar a execução das metas pactuadas no Planejamento Estratégico da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Ouro Preto, nos 18 primeiros meses de implementação. Realizaram-se 15 entrevistas semiestruturadas com 12 mentores e três discentes que ocupam representações estudantis. Utilizou-se análise de conteúdo, possibilitando delineamento de quatro categorias: a) resultados preliminares obtidos; b) potencialidades do instrumento; c) barreiras e enfrentamentos; d) propostas de aperfeiçoamento. Observou-se que a maioria das metas teve ações norteadoras iniciadas, mas nenhuma concluída. Ressalta-se que o contexto da pandemia mundial (covid-19) exerceu significativo impacto, interferindo diretamente nos resultados. O estudo apresenta caráter de monitoramento em relação à ferramenta de gestão, tendo em vista a relevância de implementar mecanismos para avaliação sistematizada dos indicadores de desempenho institucionais. Espera-se que as potencialidades percebidas sejam fortalecidas, as barreiras sejam superadas e as propostas de aperfeiçoamento sejam discutidas coletivamente com a finalidade do desenvolvimento da instituição.
“…O planejamento estratégico é uma ferramenta administrativa que procura criar a visão do novo lugar que a organização espera chegar no futuro e definir as ações necessárias para a realização de seus objetivos em um processo dinâmico e flexível (ESTRADA; ALMEIDA, 2007;JICK, 2001). Ele é desenhado para ajudar organizações a responderem de forma mais efetiva às mudanças no seu ambiente (BRYSON, 1988) considerando os problemas e os desafios organizacionais (FALQUETO et al, 2019).…”
Section: Pós-nova Gestão Públicaunclassified
“…A literatura tem sugerido resultados pouco satisfatórios quanto ao PDI de organizações acadêmicas. Evidências apontam o PDI como: um instrumento cumpridor de requisitos legais, burocráticos e de uso não gerencial (MIZAEL et al, 2013); um documento descritivo de imposição legal para legitimidade entre os atores, cujas missões são vagas e intangíveis (LIMA et al, 2020); um instrumento de controle e de poder de poucos grupos (ALMEIDA; GIROGI, 2013); gerador de conflitos e tensões, que provoca ausência de sintonia entre o planejado e o executado (FALQUETO et al, 2019;MEYER JUNIOR;PASCUCI;MEYER, 2018); pouco transparente (DAL MAGRO; RAUSCH, 2012); e pouco democrático (FERREIRA; COELHO, 2020;MIZAEL et al, 2012;SILVA;VIEIRA;SILVA, 2017).…”
Section: Introductionunclassified
“…). A implementação das ações é o aspecto central do planejamento estratégico(JICK, 2001).Apesar dos benefícios elencados, o planejamento estratégico de organizações acadêmicas brasileiras tem apresentado resultados negativos e pouco promissores, pois ele é avaliado pela literatura como: cumpridor de requisitos legais, burocráticos e não gerenciais(MIZAEL et al, 2013); um documento descritivo de imposição legal para legitimidade entre os atores, cujas missões são vagas e intangíveis(LIMA et al, 2020); gerador de conflitos e tensões, com ausência de sintonia entre o planejado pela alta administração e o executado pelos níveis gerenciais e operacionais(FALQUETO et al, 2019; MEYER JUNIOR; PASCUCI; de controle e de poder de poucos grupos (ALMEIDA; GIROGI, 2013); e pouco transparente nas suas ações(DAL MAGRO;RAUSCH, 2012).No caso do PDI dos Ifets, é esperado que ele sirva como um direcionador de ações para: formar e qualificar profissionais em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade; gerar e adaptar soluções técnicas e tecnológicas a partir das demandas sociais e peculiaridades regionais; oferecer cursos que beneficiem e fortaleçam os arranjos produtivos locais; oferecer programas de extensão; entre outros(BRASIL, 2007). Portanto, idealmente, seria natural esperar que o planejamento estratégico das ações dos Ifets contemplasse, pelo menos, algumas tendências da Pós-NGP, principalmente as relacionadas à colaboração, parceria e participação.…”
O objetivo deste artigo é verificar a presença da Pós-Nova Gestão Pública (Pós-NGP) na gestão educacional pública brasileira, um setor historicamente caracterizado por problemas crônicos e estruturais. Analisa-se o planejamento estratégico da educação profissional por meio do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) de quatro Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifets). Utilizou-se como métodos um checklist, uma análise textual e uma investigação interpretativa para associar os objetivos definidos no planejamento estratégico dos Ifets com as tendências da Pós-NGP. Os resultados sugerem a presença da Pós-NGP na gestão educacional brasileira, indicando a emergência do fenômeno. No entanto, a percebida ausência de um plano prático de implementação dos objetivos estratégicos pode ameaçar a institucionalização dos pressupostos da Pós-NGP.
O objetivo deste artigo é analisar a evolução das metodologias de divulgação dos resultados da autoavaliação institucional na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A pesquisa foi baseada nas fontes de informações secundárias e na coleta de dados primários, obtidos em entrevista com a coordenação da Comissão Própria de Avaliação (CPA). Os resultados demonstraram que o trabalho da CPA passou por momentos de planejamento e engajamento dos membros, bem como por períodos desafiadores, com pouca participação e dificuldades para avançar na proposição de melhorias e de inovações. O caminho trilhado para superar as dificuldades foi seguir o planejamento proposto, aperfeiçoar os processos e fomentar o envolvimento da comunidade universitária, em prol da construção de uma cultura de avaliação participativa. A adoção de diversas estratégias de divulgação dos resultados ao longo do tempo promoveu melhorias nos processos avaliativos, possibilitando o lançamento de uma estratégia pioneira, democrática e abrangente na universidade.
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