Abstract:Neste artigo realizamos uma análise crítica da gênese histórica da área de marketing até sua constituição atual, com um foco principal: verificar se as necessidades e os desejos dos clientes são base consistente da formação histórica, discursiva, do marketing ou, apenas, retórica legitimadora para a atuação da área. Adotamos uma orientação filosófico-epistemológica baseada na teoria do discurso proposta por Michel Foucault, que nos permitiu constatar que a centralidade das necessidades e dos desejos dos client… Show more
“…"It is for this new consumer (...) that advertisers are creating increasingly interactive strategies in order to gain their attention" 28 (p. 34). Apps developers like the ones analyzed in the study thus adopt their own linguistic practices with the purpose of reaching the target public, with the aim of having their apps downloaded 29 foment a feeling of exclusion and of miss a fabulous opportunity in case one fails to purchase or acquire their app.…”
Section: Characterization Of the Materials And The Texts' Architecturementioning
confidence: 99%
“…The structured text usually explains the "step by step" for the download, present in more than half of the apps in our sample (29). In some cases, the details for the download are accompanied by images that appear in the opening screen.…”
Section: Characterization Of the Materials And The Texts' Architecturementioning
Na cultura digital, há um embaralhamento entre as fronteiras do público e do privado, e nos convida a sermos, ao mesmo tempo, controladores e controlados. Este artigo analisou as produções discursivas sobre controle e monitoramento do parceiro veiculadas nas ferramentas digitais ofertadas pelos sistemas Android e iOS, disponíveis nos aplicativos de telefonia móvel. Adotamos a análise do discurso crítico para o exame e interpretação das enunciações textuais de quarenta aplicativos dos sistemas Android e iOS destinados ao controle de parceiros. Identificamos dois blocos com distintos sentidos discursivos não excludentes: controle/monitoramento e cuidado/proteção. A força enunciativa dos textos tem como base uma promessa de controle total e irrestrito com o propósito de assegurar a “paz de espírito”, “segurança” e “harmonia” no relacionamento íntimo. Invocando para tal, argumentos retóricos que remetem à “prova de amor”, “cuidado” e “proteção” como justificativas para o controle/monitoramento do outro.
“…"It is for this new consumer (...) that advertisers are creating increasingly interactive strategies in order to gain their attention" 28 (p. 34). Apps developers like the ones analyzed in the study thus adopt their own linguistic practices with the purpose of reaching the target public, with the aim of having their apps downloaded 29 foment a feeling of exclusion and of miss a fabulous opportunity in case one fails to purchase or acquire their app.…”
Section: Characterization Of the Materials And The Texts' Architecturementioning
confidence: 99%
“…The structured text usually explains the "step by step" for the download, present in more than half of the apps in our sample (29). In some cases, the details for the download are accompanied by images that appear in the opening screen.…”
Section: Characterization Of the Materials And The Texts' Architecturementioning
Na cultura digital, há um embaralhamento entre as fronteiras do público e do privado, e nos convida a sermos, ao mesmo tempo, controladores e controlados. Este artigo analisou as produções discursivas sobre controle e monitoramento do parceiro veiculadas nas ferramentas digitais ofertadas pelos sistemas Android e iOS, disponíveis nos aplicativos de telefonia móvel. Adotamos a análise do discurso crítico para o exame e interpretação das enunciações textuais de quarenta aplicativos dos sistemas Android e iOS destinados ao controle de parceiros. Identificamos dois blocos com distintos sentidos discursivos não excludentes: controle/monitoramento e cuidado/proteção. A força enunciativa dos textos tem como base uma promessa de controle total e irrestrito com o propósito de assegurar a “paz de espírito”, “segurança” e “harmonia” no relacionamento íntimo. Invocando para tal, argumentos retóricos que remetem à “prova de amor”, “cuidado” e “proteção” como justificativas para o controle/monitoramento do outro.
“…Assim, as mesmas práticas negativas que, no passado, levaram autores a defenderem maior proteção governamental a indivíduos de baixa renda (ANDREASEN, 1975) e que o marketing não conseguiu implementar o conceito que defendia a soberania do consumidor (BUSKIRK; ROTHE, 1970), ainda são encontradas na relação entre empresas e consumidores, como sugerem alguns entrevistados. A recorrência de problemas de consumo na prática das empresas é entendida por diferentes pesquisadores como uma repetição da história dentro da área de conhecimento, que não pratica os conceitos de soberania do consumidor de forma legítima, mas, sim, os utiliza como retórica (BREI; ROSSI; EVRARD, 2007;FIRAT, 2010).…”
Section: Consumidores De Baixa Renda E Empresas: Dúvidas Ceticismo Eunclassified
“…A recorrência de problemas de consumo na prática das empresas é entendida por diferentes pesquisadores como uma repetição da história dentro da área de conhecimento, que não pratica os conceitos de soberania do consumidor de forma legítima, mas, sim, os utiliza como retórica (BREI; ROSSI; EVRARD, 2007;FIRAT, 2010).…”
Section: Consumidores De Baixa Renda E Empresas: Dúvidas Ceticismo Eunclassified
A literatura de marketing diverge sobre os benefícios que o relacionamento de consumidores de baixa renda com empresas e governos pode trazer. Alguns autores argumentam que, se, de um lado, empresas podem melhorar a qualidade de vida desse público, ao dar acesso a bens e serviços e, de outro lado, os governos podem protegê-lo das falhas de mercado, oferecendo serviços públicos de qualidade. Outra corrente, por sua vez, discute vantagens obtidas pelas empresas à custa desses consumidores e governos que não os protegem das ações empresariais. Tais perspectivas, entretanto, não são analisadas a partir da ótica do consumidor de baixa renda e, assim, não demonstram a forma como as ações empresariais e governamentais são recebidas por eles, gerando dúvidas se esse grupo obtém ou não benefícios de empresas e governos. O presente trabalho relata a opinião de consumidores de baixa renda, com o objetivo de entender sua visão sobre as relações trocadas com empresas e governos. Para isso, foram realizadas 27 entrevistas em profundidade com integrantes desse público. A partir dos dados, é possível entender que, para os entrevistados, a relação com empresas e governos é marcada por uma hierarquia de poder e que a posição inferior em que se encontram não fornece perspectiva e nem força para mudar tal fato. Esse grupo não obtém a prometida melhora de vida em sua relação com empresas ou governos e indica um distanciamento entre as partes em seus relatos: eles lá e nós aqui.
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