A integridade morfológica e funcional do músculo estriado esquelético é mantida pelo tecido conjuntivo, importante na execução da função contrátil. As fibras musculares e o tecido conjuntivo podem sofrer alterações frente ao excesso ou ausência de carga mecânica. Este trabalho analisou o efeito da imobilização e da remobilização sobre parâmetros morfológicos da fibra muscular e do tecido conjuntivo do músculo tibial anterior. Foram utilizados 18 ratos machos, divididos em três grupos: G1 -imobilizados por 15 dias; G2 -remobilizados livremente; G3 -remobilizados por meio de natação e salto em meio aquático, realizados em dias alternados e com progressão de tempo e série dos exercícios. Foram coletados e processados para microscopia de luz o músculo tibial anterior, tanto direito (imobilizado/remobilizado) quanto esquerdo (controle). Observou-se que a imobilização alterou a morfologia da fibra muscular, que apresentou formas polimórficas e a necrose das fibras. Também houve aumento da quantidade de tecido conjuntivo, com mudanças na sua organização. Em G2 e G3, foram verificadas algumas fibras polimórficas, embora não tenham sido observadas fibras em necrose. O tecido conjuntivo ainda se apresentava alterado quanto à organização, mas houve redução na quantidade. Conclui-se que a imobilização afeta o tecido muscular, tanto a morfologia das fibras musculares, quanto o tecido conjuntivo intramuscular do tibial anterior. A remobilização livre e por exercícios terapêuticos causaram melhora nos aspectos morfológicos da fibra muscular, assim como no tecido conjuntivo intramuscular. Palavras-chave: Músculo esquelético. Tecido conjuntivo. Reabilitação.