“…[...] Os mesmos autores defendem o acolhimento como dispositivo para interrogar processos intercessores que constroem relações nas práticas de saúde, buscando a produção da responsabilização clínica e sanitária e a intervenção resolutiva, reconhecendo que, sem acolher e vincular, não há produção dessa responsabilização. 22 Além disso, após a organização desse acolhimento e sua abordagem diferenciada, por integrar especificidades do trabalho em PRC e a história dos trabalhadores, vislumbra-se a possibilidade de utilizar essa experiên-cia para subsidiar a constituição de protocolos especí-ficos por ramo de atividade, como estratégia de vigilância em saúde que se orienta pelo reconhecimento da centralidade do trabalho e seu impacto à saúde dos trabalhadores. Considera-se que o protocolo possa contribuir com a ampliação do acesso a informações mais detalhadas e específicas, para permitir melhor compreensão dos riscos que se fazem presentes nessa atividade de trabalho, de forma a orientar a abordagem das equipes da atenção básica, assim como o acolhimento permite ao trabalhador momentos de troca de informações a respeito dos riscos a que está exposto.…”