2020
DOI: 10.22481/odeere.v5i10.6938
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Acesso e utilização dos serviços de saúde da população negra quilombola: uma análise bibliográfica

Abstract: O período escravocrata brasileiro deixou marcas profundas nas populações negras e quilombolas. Este sistema contribui para um cenário racista que fomenta injustiças sociais e em saúde. Nesse sentido, o presente texto objetiva investigar na literatura científica o acesso e a utilização dos serviços de saúde pela população negra e quilombola. A partir de uma revisão de literatura do tipo descritiva narrativa. A busca das publicações ocorreu na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e no Google Acadêmico. Foram seleci… Show more

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“…O quadro epidemiológico negativo relativo ao estilo de vida entre os adultos quilombolas com deficiência de região baiana preocupa, especialmente diante do reconhecimento da problemática relativa à presença, disponibilidade, acesso e utilização dos serviços (Almeida et al, 2019;Pereira, Mussi, 2020;Silva, Mussi, Rocha, 2020;Gomes et al, 2013), que atrapalham ações de promoção, de prevenção e de recuperação da saúde por esta população.…”
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“…O quadro epidemiológico negativo relativo ao estilo de vida entre os adultos quilombolas com deficiência de região baiana preocupa, especialmente diante do reconhecimento da problemática relativa à presença, disponibilidade, acesso e utilização dos serviços (Almeida et al, 2019;Pereira, Mussi, 2020;Silva, Mussi, Rocha, 2020;Gomes et al, 2013), que atrapalham ações de promoção, de prevenção e de recuperação da saúde por esta população.…”
Section: Discussionunclassified
“…Parte importante da população negra brasileira reside em quilombos contemporâneos, comunidades autoatribuídas, vinculadas à terra, de ancestralidade negra e resistente à opressão histórica (Brasil, 2015;Mussi et al, 2020), com infraestrutura e acesso aos serviços públicos escassos (Almeida et al, 2019;Pereira, Mussi, 2020;Silva, Mussi, Rocha, 2020;Gomes et al, 2013), geralmente localizadas em espaços rurais, o que dificulta a prevenção do adoecimento e promoção da saúde. Apesar de poucos, os estudos com quilombolas têm apontado a ampla presença de estilo de vida negativo na população adulta (Bezerra et al, 2015;Almeida et al, 2020;Rodrigues et al, 2020a), no entanto, nenhum com enfoque na presença de deficiência, seja como variável ou categoria de análise.…”
unclassified
“…No contexto da população negra quilombola, a compreensão do processo saúde-doença demanda, sobretudo, no entendimento das dificuldades de acesso à saúde, enraizado pelo legado racista histórico e impulsionado pelas iniquidades brasileira, configurando-se em um importante instrumento de vulnerabilização desses sujeitos (Pereira & Mussi, 2020). Sendo assim, os entraves em todos os aspectos da vida da população negra quilombola persistem pela condição histórica de exclusão social, perpassando pelos fatores sociais, econômicos, culturais, geográficos, étnico-raciais, entre outros, imersos nos determinantes sociais em saúde e no processo saúde-doença que afetam a qualidade de vida dessas populações.…”
Section: Acesso Ao Cuidado Em Saúde E Racismo: Desafios à Equidade Em...unclassified
“…Os problemas dos quilombolas no Brasil vão desde as vulnerabilidades até a resistência étnica, cultural e histórica, permeada pelos efeitos nocivos dos marcadores sociais, espaciais, gênero, classe, raça/etnia que os afetam negativamente na busca pelo acesso e no uso dos serviços de saúde, repercutindo em iniquidades que impacta no aparecimento e agravamento de doenças bem como na (des)qualificação do cuidado assistencial (Pereira & Mussi, 2020). Nesse sentido, o acesso à saúde nas comunidades quilombolas ainda é um grave problema para muitos debates que abordam as questões da exclusão-inclusão, desigualdade-igualdade, iniquidade-equidade, do gerenciamento do sistema sanitário e do respeito à cultura e identidade étnica (Cobo et al, 2021).…”
Section: Introductionunclassified
“…Research, Society and Development, v. 10, n. 15, e09101522639, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22639 3 A alta taxa de HAS nos quilombolas foi apontada em estudos realizados nos estados da Bahia e do Maranhão, reforçando a necessidade de acesso aos serviços de saúde para prevenção, diagnóstico e manejo adequado da doença. Nas pessoas maiores de 18 anos a HAS esteve associada ao sexo feminino, idade, menor escolaridade, maior renda, uso de medicamentos nos últimos 15 dias, obesidade e diabetes mellitus (Pereira & Mussi, 2020).…”
Section: Introductionunclassified