AgrAdecimentosEste trabalho é fruto de um esforço coletivo e do compartilhamento de inquietações em torno das relações e tensões entre desenvolvimento, território e interdisciplinaridade. Assim, existem algumas pessoas e instituições que a tornaram possível de forma mais específica, e gostaríamos de registrar aqui os nossos agradecimentos.A todos da Escola de Administração da UFBA, funcionários, estudantes, professores e principalmente orientandos, pelo convívio acadêmico e pelos momentos de partilha intelectual que animam e renovam as nossas reflexões.À FAPESB e ao CNPq pela concessão de bolsa de estudos de pósdoutorado e produtividade de pesquisa. Ao IHEAL e ao CREDAL, representados principalmente pela Professora Martine Droulers.A todos os autores que aqui contribuem, agradecemos a confiança e a oportunidade de convívio acadêmico e pessoal. Um agradecimento especial ao Professor Georges Benko que, além da abertura para o diálogo, disponibilizou-nos vários de seus trabalhos e arquivos.A Cássio Eduardo Viana Hissa, pela cumplicidade na construção de saberes.A Aralina Pereira Madalena, pela responsabilidade e esmero com que cuidou das traduções dos artigos em francês. A Miguel Rivera-Castro, pela tradução do texto em espanhol.A Fernanda Mourão, pelo cuidado da revisão. A Sérgio Antônio Silva, pelo projeto gráfico.A Adriana Melo, pela tradução simbólica e poética da proposta. A Anna Cunha, pela sutileza na ilustração dos movimentos territoriais.Aos amigos que sempre nos sustentam e ajudam a dar novos sentidos à caminhada.A Rosário von Flash, por ajudar a compreender que o campo da sabedoria é mais extenso e profícuo que os "territórios" dos saberes, e que estes são também espaços preciosos de construção, transformação e abertura para novas fronteiras, novos saberes e o autoconhecimento.Vida, e guerra, é o que é: esses tontos movimentos, só o contrário do que assim não seja. Mas, para mim, o que vale é o que está por baixo ou por cima -o que parece longe e está perto, ou o que está perto e parece longe.
João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredasPor fim, uma quarta propriedade, deduzida a partir do próprio título da obra: o território em sua complexidade e multiplicidade (decorrente, entre outros fatores, de seu próprio caráter inter ou transdisciplinar). É interessante destacar que mesmo na sua concepção mais tradicional, vinculada à soberania do Estado-nação, o território também é múltiplo. Isto é muito bem lembrado por Carlos Milani ao se reportar a Biersteker e às múltiplas formas de soberania, algo frequentemente ignorado fora do âmbito da área de relações internacionais: a soberania westfaliana é um ideal, não uma evidência efetivamente universal, as soberanias sendo "politicamente desiguais e substantivamente díspares".Brandão afirma que, a exemplo do próprio capitalismo, o território deve ser visto "simultaneamente no singular e no plural". Mas não se trata apenas de uma "multiplicidade de territórios" ou daquilo que denominamos "múltiplos territórios" -os territórios, em si mesmos, são múltiplos, na medida...