A vida após o acidente vascular cerebral na perspectiva dos sobreviventes

Abstract

Estudo de caso interpretativo desenvolvido com objetivo de compreender os significados da experiência da enfermidade na perspectiva de oito sobreviventes ao Acidente Vascular Cerebral. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, seguida de análise temática qualitativa. A experiência da enfermidade gerou sensações negativas como medo da morte, invalidez, perda de autonomia e incapacidade para o trabalho. O apoio social da família e da religião foi essencial para lidar com as mudanças na vida cotidiana na ineficiência das redes de atenção à saúde. Foi identificada a ausência de orientação, sobretudo pelos enfermeiros, para o cuidado do paciente no domicílio. Os resultados sugerem a necessidade de reforçar a educação em saúde para a valorização da sintomatologia preditora ao acidente vascular cerebral, a sensibilização do impacto que essa enfermidade representa na vida dos sobreviventes e a necessidade da equipe multiprofissional investir na proatividade dos familiares.

Impact and quality of life on patients affected by cerebral vascular accident / Impacto e qualidade de vida no paciente acometido por Acidente Vascular Cerebral

“…18 When the person affected by stroke is faced with a chronic disease, feelings such as fear, frustration, feelings of uselessness, concern and affliction are introduced into their daily lives; such feelings result from the loss of status, social relationships and dependence, and contribute to the delay in accepting the disease and its complications, hindering and delaying their rehabilitation. [19][20] Patients who after stroke had depression had significantly more affected quality of life (p≤0.05), the most affected domains were energy, family roles, mobility, self-care, social roles, upper limb functions, and work productivity. 21 Retrospective case-control study with 560 ischemic stroke survivors, people with post-stroke depression had worse mobility, longer hospitalization and rehabilitation time, and insufficient response to rehabilitation efforts compared to people who after stroke did not have depression.…”

“…The functional deficiency is frequently associated with depression after the stroke, as a psychological reaction to the physical loss. 21 The evaluation of these domains is extremely important, once it has been reported that the physical limitations cause changes not only in the daily tasks, but also in self-esteem, in the capacity to work with consequences to the social and financial life 20 , and must be object of action for rehabilitation in early stages. 26 Regarding the result of the evaluation of the manual function domain of the SIS 3.0 instrument, the average was lower when compared to the study with patients from a Family Health Program, who had an average of 9 in this domain.…”

Itinerário terapêutico de pacientes pós-acidente vascular cerebral: o estado da arte da produção científica brasileira

“…Os artigos apresentaram diferenças quanto ao tamanho da amostra, ano de publicação e localização no território brasileiro (Tabela 1). As amostras variaram entre 6 11 e 16 12 sujeitos, e foram colhidas no interior do Nordeste (município não especificado) 13 ; Florianópolis (SC) 14 ; Sobral (CE) 10 ; Ijuí (RS) 11 ; Casa Nova (BA), Petrolina (PE) e Remanso (BA) 12 ; Belo Horizonte (MG) 15 . Dois artigos foram publicados em 2007, três em 2016 e um em 2017.…”

“…O método descrito para fechamento de amostra foi a saturação dos dados. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, e um dos estudos não apresentou o instrumento utilizado para coleta de dados 13…”

Cuidados de Enfermagem ao Paciente acometido por Acidente Vascular Cerebral: Revisão Integrativa / Nursing Care for Patients caused by Cerebral Vascular Accidents: Integration Review

“…No que se diz respeito ao paciente pós AVC, o mesmo fica muita restrito ao leito, pelo foto de muitas vezes o paciente ser acometido pela perda de movimentos e esse fator faz com que o indivíduo fique mais propenso de desenvolver lesões por pressão, que se não tratadas corretamente podem ser porta de entrada para infecções. É necessário que a equipe de enfermagem realize a mudança de decúbito pelo menos a cada três horas para que esse problema seja evitado e não cause outros (SILVA et al, 2016). Cavalcante et al, (2018) Desta maneira, a falta de preparo dos familiares/cuidadores pode contribuir para prejuízos no processo de reabilitação destes pacientes, levando à necessidade de preparos prévios, os quais devem acontecer durante a fase de hospitalização.…”