“…Isto é, ao compreendermos o incomodo entre as profissionais, nesse panorama específico, percebe-se sua inserção no debate atrelada às noções de cidadania, informado por um desejo de reformulação do status social da prostituta, bem como uma denúncia da precariedade da prostituição, associada diretamente ao valor moral inferior atribuído às prostitutas e à sua atividade profissional. (CAMINHAS, 2020) No horizonte dessa percepção e no caminho conjunto às demandas dos grupos organizados de prostitutas, e dos incômodos daquelas não envolvidas com grupos organizados, o Projeto de Lei (PL) Gabriela Leite, proposto pelo então deputado Jean Wyllis de Matos Santos 6 , prevê a descriminalização das casas de prostituição, o que implicará na fiscalização, impossibilitando o funcionamento das casas no vácuo da ilegalidade, e estabelecendo melhores condições de trabalho, higiene e segurança para as trabalhadoras.…”