2007
DOI: 10.1590/s0103-863x2007000200004
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Abstract: Resumo: Implementar e garantir direitos básicos aos portadores de sofrimento mental são necessidades que a reforma psiquiátrica exigiu. Mas, se em tese estes são considerados sujeitosde-direito, os códigos legislativos brasileiros ainda os qualificam como incapazes e periculosos. Pretendeu-se, através de leituras da produção científica da área, destacar concepções e práticas sobre a loucura desde a Antigüidade até os atuais conflitos entre as concepções reformistas e os Códigos Civil e Penal brasileiros. Como … Show more

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“…As propostas de reforma psiquiátrica e luta antimanicomial no Brasil foram influenciadas pelas experiências de outros contextos socioculturais (Estados Unidos, Itália, França e Inglaterra), visando defender e promover os direitos humanos dos pacientes e seus familiares (clientes) e reduzir leitos de internação em hospitais psiquiátricos, garantir a assistência aos pacientes egressos desses hospitais, além de criar e sustentar uma rede extra-hospitalar adequada que se formou posteriormente no Brasil 6,7 .…”
Section: Revisão De Literaturaunclassified
“…Identifica-se que os usuários no campo da saúde mental têm dificuldade de se reconhecerem como sujeitos de direitos, por conta não somente da não percepção do que se configura como direito, como também do lugar histórico que a sociedade reserva ao 'louco': um sujeito que não responde pelos seus atos e, portanto, não pode assumir um papel de cidadão 21 .…”
Section: Conhecendo Direitos E Possibilidades De Aprendizagem E Formaçãounclassified
“…2011/Fev.2012 Sofrimento mental e os desafi os do direito à saúde E o direito contribuirá para esse exercício, ao observar-se como são regulados os confl itos sociais e jurídicos da organização social e dos contratos sociais e como são negociadas as relações da "normalidade" e do "desvio", de como são concebidas as noções de normalidade e desvio.…”
Section: Direito E Diferença: Um Nó Na Saúde Mental?unclassified
“…Como não é plausível considerar o abandono de tratamento como "cura", impossível deixar de ver nessa inexistência de alta uma tendência a cronificação que tende a vincular o usuário ao psicofármaco para todo o sempre, com todos os seus desdobramentos relativos aos efeitos colaterais e à dependência química e psicológica, sempre contrários ao bem-estar e a autonomia do sujeito. Como uma paródia da internação manicomial vitalícia de outros tempos, que as conquistas democráticas tornaram dificilmente defensável (Amarante, 1995(Amarante, , 2007Amarante & Torre, 2001;Basaglia, 1985;Costa-Rosa, Luzio, & Yasui, 2003;De Tilio, 2007;Lougon, 2006;Yasui, 2006), estaríamos sujeitos, hoje, a um tipo de manicomialismo químico que também tende a se estender indeterminadamente.…”
Section: Sobre a Evolução Dos Casos Medicados Pela Psiquiatriaunclassified
“…Com as ideias do Iluminismo e os princípios da Revolução Francesa, liberdade, fraternidade e igualdade, ocorre a diminuição da internação, considerando que internar sem perspectivas de tratamento constituía privação da liberdade e desrespeito aos direitos dos homens; a partir disso, os loucos passaram a receber cuidados médicos, os doentes mentais passaram a ter caráter patológico (120,121) .…”
Section: Ideologiaunclassified