Abstract:Discute-se a atual política agrária do Banco Mundial sob cinco aspectos: as matrizes políticas que lhe dão suporte, sua base intelectual, as linhas de ação que desenvolve, as atualizações estratégicas operadas nos anos 1990 e, por fim, sua distribuição geográfica e sua magnitude financeira. Para tanto, abordam-se as reformas estruturais, que subordinam e orientam as ações específicas para a área agrária. Depois, discutem-se o enfoque pró-mercado de terras e a visão sobre o papel do Estado dele decorrente. Em s… Show more
“…A reforma agrária consiste num conjunto de ações públicas, visando promover uma reordenação territorial, modificando a estrutura fundiária de um país através da distribuição da propriedade ou da posse da terra. O objetivo da reforma agrária é a democratização da estrutura fundiária (Pereira, 2006;. Dois são os pilares estruturais em que o Estado deve atuar para uma efetiva reforma agrária: política fundiária e agrícola.…”
Section: Os Modelos Da "Reforma Agrária" Brasileiraunclassified
“…Com relação à política agrícola, estas são um conjunto de ações do Estado para garantir assistência técnica e social, fomento, educação, saúde, infraestrutura, etc. (Kay, 2007;Pereira, 2006;.…”
Section: Os Modelos Da "Reforma Agrária" Brasileiraunclassified
“…Tratava-se de um modelo de reforma agrária "assistida pelo mercado", na qual, o Estado se incumbia somente do financiamento das transações imobiliárias entre os agentes privados (Pereira, 2006).…”
Section: Os Modelos Da "Reforma Agrária" Brasileiraunclassified
“…A reforma agrária "assistida pelo mercado" estava vinculada a um conjunto de políticas de "alívio" da pobreza no meio rural integrando um rol de compensações às políticas de ajuste do Banco Mundial (Pereira, 2006). No fundo a reforma agrária de mercado era a reforma pedida pelos latifundiários e grileiros, pois a desapropriação se dava pela compra da terra em dinheiro e a vista, ou seja, a renda da terra era repassada de uma só vez para as camadas latifundiárias.…”
Section: Os Modelos Da "Reforma Agrária" Brasileiraunclassified
“…Ao considerar que Estado não é um termo auto-explicativo, mas que envolve uma complexidade de relações, partilhamos do entendimento de Pereira (2006) que baseado em Borón (1994) define Estado como sendo ao mesmo tempo: a) um ator corporativo dotado de aparelhos burocráticos e administrativos; b) uma arena de luta pelo poder político na qual se definem projetos de organização e direção da sociedade; c) o representante dos interesses gerais da comunidade nacional; d) um pacto de dominação mediante o qual uma aliança de classe constrói um sistema hegemônico. (Pereira, 2006, p. 364, grifos do autor).…”
“…A reforma agrária consiste num conjunto de ações públicas, visando promover uma reordenação territorial, modificando a estrutura fundiária de um país através da distribuição da propriedade ou da posse da terra. O objetivo da reforma agrária é a democratização da estrutura fundiária (Pereira, 2006;. Dois são os pilares estruturais em que o Estado deve atuar para uma efetiva reforma agrária: política fundiária e agrícola.…”
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“…Com relação à política agrícola, estas são um conjunto de ações do Estado para garantir assistência técnica e social, fomento, educação, saúde, infraestrutura, etc. (Kay, 2007;Pereira, 2006;.…”
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“…Tratava-se de um modelo de reforma agrária "assistida pelo mercado", na qual, o Estado se incumbia somente do financiamento das transações imobiliárias entre os agentes privados (Pereira, 2006).…”
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“…A reforma agrária "assistida pelo mercado" estava vinculada a um conjunto de políticas de "alívio" da pobreza no meio rural integrando um rol de compensações às políticas de ajuste do Banco Mundial (Pereira, 2006). No fundo a reforma agrária de mercado era a reforma pedida pelos latifundiários e grileiros, pois a desapropriação se dava pela compra da terra em dinheiro e a vista, ou seja, a renda da terra era repassada de uma só vez para as camadas latifundiárias.…”
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“…Ao considerar que Estado não é um termo auto-explicativo, mas que envolve uma complexidade de relações, partilhamos do entendimento de Pereira (2006) que baseado em Borón (1994) define Estado como sendo ao mesmo tempo: a) um ator corporativo dotado de aparelhos burocráticos e administrativos; b) uma arena de luta pelo poder político na qual se definem projetos de organização e direção da sociedade; c) o representante dos interesses gerais da comunidade nacional; d) um pacto de dominação mediante o qual uma aliança de classe constrói um sistema hegemônico. (Pereira, 2006, p. 364, grifos do autor).…”
pela oportunidade de aprimoramento profissional e pela minha liberação. Ao meu orientador Prof. Dr. Carlos Alberto Vettorazzi, por ter aceitado me orientar por duas vezes. Agradeço pela oportunidade, confiança, paciência, pela troca de idéias durante este trabalho. À Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Amazonas pela bolsa concedida que foi essencial para a realização material das pesquisas de campo. Ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, em especial a Maria Teresinha Leite Barbosa, chefe da Unidade Avançada do INCRA-Humaitá e a Ronaldo Pereira Santos, chefe da Divisão de Obtenção de Terras pela disponibilidade das informações solicitadas. Aos meus colegas professores do curso de Licenciatura em Biologia e Química do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente-IEAA/UFAM pelo apoio durante a minha liberação para cursar as disciplinas do doutorado. Em especial gostaria de agradecer ao Prof. Dr. João Anderson Fulan, coordenador no nosso curso e as Professoras Mestres Eleonora Alvarenga de Andrade e Euricléia Gomes Coelho por me substituírem nas disciplinas que era responsável durante meu afastamento. Ao Prof. Dr. Carlos Tadeu dos Santos Dias e ao Luiz Nakamura do programa de Pós-Graduação em Estatísticas e Experimentação Agronômica pelo auxílio nas análises estatísticas. Ao Prof. Dr. Milton César Campos, diretor do IEAA, pela disponibilização do veículo da universidade para a realização dos trabalhos de campo. Ao Carlos Augusto Relvas, motorista que nos conduzia até o Matupi e também companheiro de campo. Sua ajuda foi essencial nos trabalhos de campo, não só na condução do veículo mas também nos momentos de descontração e por me deixar mas tranqüila lá no Matupi. Ao Douglas Marcelo Pinheiro da Silva, na época aluno de graduação do IEAA e hoje Agrônomo, pela ajuda durante a aplicação dos questionários no assentamento, pela companhia e pelas nossas conversas sobre assentamentos e o mundo rural. Aprendi muito com você também.
Resumo Este estudo propõe analisar as relações e os processos de subjetivação de mulheres quebradeiras de coco babaçu decorrentes das intervenções de políticas desenvolvimentistas em seus territórios de vida e reverberações no Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB). Sob a perspectiva ético-estético-política da Cartografia, acompanhamos as narrativas das histórias de vida de 24 mulheres, suas atividades cotidianas e eventos do MIQCB, também analisamos os documentos das políticas. Entendemos que, ao passo que tais políticas de desenvolvimento rural contribuem para a melhoria das condições de vida, em termos materiais e simbólicos, elas também produzem ressonâncias relacionadas ao modo de subjetivação do tipo “empresário de si”, que agenciam seus modos de viver, de produzir e de se relacionar consigo e com os outros na lógica capitalista neoliberal. A resistência às capturas neoliberais também estão presentes ao ampliarem as mobilizações coletivas do próprio movimento, articulando com outros na produção de um “comum”.
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