RESUMO -Este trabalho teve como objetivo analisar a influência de fatores climáticos (insolação e precipitação anual) e geomorfológicos (declividade) na dinâmica das transformações da cobertura vegetal arbórea e no uso do solo. A área de pesquisa é a bacia hidrográfica do rio Paquequer, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, bacia representativa de Mata Atlântica. Foram utilizadas as interpretações da cobertura vegetal dos anos de 1976 e 1996, obtidas, respectivamente, através de fotografias aéreas e imagem de satélite SPOT-3 XS/PAN. Os dados de relevo e de insolação (aspect) foram derivados do Projeto Teresópolis (UERJ/IBGE) e os de pluviosidade, da CPRM. A análise da dinâmica da cobertura vegetal arbórea em 20 anos visou avaliar os fatores físicos condicionantes de processos de regeneração (inicial e avançada), degeneração e de desmatamento. Essas categorias de informação foram cruzadas com os fatores de declividade, insolação e precipitação anual. A análise espacial foi realizada com o uso de Sistema de Informação Geográfica (SIG), utilizando-se o software ArcGIS 9.0. Enquanto a regeneração inicial ocorre indistintamente dos fatores abióticos, sugere-se que a regeneração avançada seja um processo mais seletivo, ou melhor, preferencialmente em encostas com menor insolação e mais úmidas. De forma contrária, o desmatamento da vegetação para uso antrópico tende a ser mais intenso nas áreas favoráveis ao uso: baixa declividade e maior insolação (encostas voltadas para o norte).Palavras-chave: Geoprocessamento, Geoecologia e Uso do solo.Carla Semiramis Silveira 2 e Viviane Vidal da Silva 3 (1976 and 1996) ABSTRACT -The purpose of this paper was to evaluate the influence of climate (insolation and annual precipitation) and relief (slope) on the land use and forest changes in a mountainous watershed (Paquequer / RJ) representative of the Atlantic Forest. Land use thematic maps for different dates
RESUMODiante do acelerado processo de desmatamento na região amazônica para ceder lugar a diferentes formas de uso da terra, esta pesquisa teve como objetivo quantificar as áreas de uso e cobertura da terra no Projeto de Assentamento Matupi, em escala local, e examinar a adequação do uso da terra frente ao que é estabelecido pelo Código Florestal, Lei N 0 12.651 de 25 de maio de 2012, para utilização de áreas em propriedades rurais. O projeto de assentamento estudado localiza-se no município de Manicoré, sul do estado Amazonas, área de fronteira agrícola neste estado. Para atingir os objetivos propostos foram utilizadas as informações digitais sobre desmatamento e floresta, do ano de 2012, geradas pelo Projeto de Monitoramento de Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite -PRODES/INPE e consultas ao banco de dados espacial, via Sistema de Informação Geográfica. Os resultados demonstraram que 48% da área total do PA Matupi corresponde a área de uso da terra e 44% de área de floresta. Foi constatado também que 91% (492 lotes) dos lotes do Projeto de Assentamento Matupi utilizam mais que 20% da área do lote, deste modo, apontando a inadequação do Projeto de Assentamento do Matupi frente à legislação e a necessidade de medidas que visem controlar o desmatamento no assentamento.Palavras-chave: Amazônia. Uso da terra. Sistema de Informação Geográfica. Assentamentos Rurais. ABSTRACTThe accelerated process of deforestation in the Amazon region to give rise to different forms of land use, tried to quantify the areas of land use and land cover in the settlement Matupi Project, on a local scale, and examine their suitability to what is established by Forest Law to use areas on farms. The digital information on deforestation were used, in 2012, generated by PRODES / INPE and analysis for Geographical Information System. The results showed that 48% of the total area PA Matupi corresponds to the land area of use and 44% for forest area. It was also found that 91% of the lots (492 lots) use more than 20% of the lot area, thus pointing out the inadequacy of the Settlement Project Matupi front of the law and the need for measures to control deforestation in the settlement.
ResumoOs assentamentos rurais estão entre as principais variáveis relacionadas a devastação da Amazônia Legal, principalmente em função da prática da atividade pecuária. Esse cenário tem sido estudado por diferentes áreas como biologia, ciências sociais e geociências. Este artigo objetiva analisar e quantificar o uso e ocupação da terra no Projeto de Assentamento Matupi, localizado na mesorregião do Sul Amazonense, no município de Manicoré/AM. Foram delimitadas como classes de uso da terra para este estudo: Floresta, Pastagem abandonada e Pastagem. Utilizou-se uma cena do satélite Landsat-8 sensor OLI, e com o auxílio do software de Sistema de Informações Geográficas (SIG), QGIS 2.8.1, obteve-se a classificação digital da cena da área em estudo, gerando como produto um mapa temático. Verifica-se que 42,35% da área total do assentamento é composta por Floresta, 23,43% de Pastagem abandonada e 34,22% de Pastagem. Desta forma, pode-se concluir que esta localidade apresenta alto índice de desmatamento, o qual se deve a predominância das classes de Pastagem, que totalizam 57,65% da área total do assentamento. Pasture and 34.22% of Pasture. In this way, it can be concluded that this locality has a high rate of deforestation, which is due to the predominance of Pasture classes, which are 57.65% of the total settlement area. Palavras
pela oportunidade de aprimoramento profissional e pela minha liberação. Ao meu orientador Prof. Dr. Carlos Alberto Vettorazzi, por ter aceitado me orientar por duas vezes. Agradeço pela oportunidade, confiança, paciência, pela troca de idéias durante este trabalho. À Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Amazonas pela bolsa concedida que foi essencial para a realização material das pesquisas de campo. Ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, em especial a Maria Teresinha Leite Barbosa, chefe da Unidade Avançada do INCRA-Humaitá e a Ronaldo Pereira Santos, chefe da Divisão de Obtenção de Terras pela disponibilidade das informações solicitadas. Aos meus colegas professores do curso de Licenciatura em Biologia e Química do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente-IEAA/UFAM pelo apoio durante a minha liberação para cursar as disciplinas do doutorado. Em especial gostaria de agradecer ao Prof. Dr. João Anderson Fulan, coordenador no nosso curso e as Professoras Mestres Eleonora Alvarenga de Andrade e Euricléia Gomes Coelho por me substituírem nas disciplinas que era responsável durante meu afastamento. Ao Prof. Dr. Carlos Tadeu dos Santos Dias e ao Luiz Nakamura do programa de Pós-Graduação em Estatísticas e Experimentação Agronômica pelo auxílio nas análises estatísticas. Ao Prof. Dr. Milton César Campos, diretor do IEAA, pela disponibilização do veículo da universidade para a realização dos trabalhos de campo. Ao Carlos Augusto Relvas, motorista que nos conduzia até o Matupi e também companheiro de campo. Sua ajuda foi essencial nos trabalhos de campo, não só na condução do veículo mas também nos momentos de descontração e por me deixar mas tranqüila lá no Matupi. Ao Douglas Marcelo Pinheiro da Silva, na época aluno de graduação do IEAA e hoje Agrônomo, pela ajuda durante a aplicação dos questionários no assentamento, pela companhia e pelas nossas conversas sobre assentamentos e o mundo rural. Aprendi muito com você também.
Resumo A dinâmica territorial da fronteira na Amazônia brasileira indica que a terra e os recursos da natureza continuam sendo incorporados aos mecanismos de acumulação do capital. Na atualidade, esse processo se expande em Áreas Protegidas (Unidades de Conservação e Terras Indígenas), atingindo espaço naturais e territórios tradicionais habitados por povos indígenas e comunidades amazônicas. Assim, analisa-se a expansão da fronteira no sul do estado do Amazonas, dadas as pressões do Estado e das economias extrativas para converter Áreas Protegidas em espaço do capital. Tal expansão não está apoiada apenas nos agentes econômicos e na sociedade, mas tem o Estado como principal agente indutor, cujo resultados indicam aumento do desmatamento e desestruturação da política ambiental, configurando a reestruturação da fronteira.
As transformações no espaço amazônico estão associadas as políticas territoriais que priorizam interesses externos à região e assim se verifica as transformações atuais na fronteira agrícola do estado do Amazonas. Essa fronteira vem se estruturando a partir da pecuária, da extração de madeira, dos eixos de circulação, da soja e de projetos sobretudo, voltados a questão energética. Na década de 90 um novo elemento é introduzido nesta fronteira, as áreas protegidas, e hoje, com o processo de inserção da Amazônia ao agronegócio, essas áreas protegidas vem perdendo sentido, uma vez que se configuram como um impedimento a expansão do agronegócio. E assim o capital, tendo o Estado como aliado, imprime uma nova transformação no espaço, de espaço normado para a conservação dos recursos para o espaço do agronegócio.
ResumoO objetivo deste trabalho foi investigar o processo de colonização de macroinvertebrados durante a decomposição de Eichhornia azurea na lagoa Paraíso, sul do estado do Amazonas. O estudo foi realizado no período de menor precipitação (agosto a outubro de 2012) e maior precipitação (janeiro a março de 2013). Foram utilizados 21 litter bags para o processo de colonização e 21 para o estudo da decomposição de E. azurea. Os litter bags foram cuidadosamente amarrados um a um nos maiores bancos de E. azurea da lagoa. Os litter bags foram removidos aleatoriamente, respectivamente, no 1º, 3º, 7º, 14º, 28º, 56º, e 72º. As variáveis ambientais medidas foram o oxigênio dissolvido e a temperatura da água. Ao todo foram identificados 6562 e 6693 macroinvertebrados nos períodos de menor e maior precipitação, respectivamente. Concluímos, neste trabalho, que o processo de decomposição na lagoa Paraíso, Amazonas, parece ser mais rápido quando comparamos a perda de biomassa de E. aurea em comparação a outras regiões do Brasil. Além disso, também concluímos, a partir dos resultados deste trabalho que, apesar das maiores temperaturas registradas no Amazonas, o processo de colonização de macroinvertebrados durante a decomposição de E. azurea é mais lento que os registrados em outras regiões do Brasil como São Paulo e Mato Grosso do Sul. Porém, apesar de ser mais lento, pelo menos no período de menor precipitação, a densidade máxima alcançada na lagoa Paraíso foi pelo menos 54% maior que, em relação à lagoa do Camargo, São Paulo.Palavras-chave: decomposição; lagos; macrófitas; macroinvertebrados.
The territorial dynamics of the frontier in the Brazilian Amazon region indicates that land and natural resources continue to be incorporated into the mechanisms of capital accumulation. This process has largely spread into Protected Areas (Conservation Areas and Indigenous Lands), reaching natural spaces and traditional territories inhabited by indigenous peoples and Amazonian communities. Thus, the expansion of the frontier in the south of the state of Amazonas is analyzed, in view of the pressures of the Government and extractive economies to convert Protected Areas into a space of capital. Such expansion is not supported solely by economic agents and society, but has the Government as the main inducing agent. The results indicate an increase in deforestation and disruption of the environmental policy, configuring the restructuring of the frontier.
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