A Influência De Programas De Reorientação Da Formação Em Cursos Da Área Da Saúde

Abstract

ResumoOs Ministérios da Saúde e da Educação, a partir de 2005, propuseram várias edições do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde -Pró-Saúde, com a intenção de promover a reformulação dos processos de ensino na área. Objetivo: Analisar as propostas e os relatórios finais apresentados por uma instituição pública federal de ensino superior da região Centro-Oeste, Brasil, visando compreender a influência que estes programas tiveram nas reformulações curriculares de cursos da área da saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental, de cunho qualitativo. Resultados e Discussão: Da organização dos dados, emergiram quatro categorias: 1) Implementação e desenvolvimento dos programas de reorientação da formação em saúde; 2) Avaliação do Pró-Saúde e do Pet-Saúde; 3) Dificuldades enfrentadas nos processos de mudança na área da saúde; 4) Sugestões/avanços gerados pelos programas de reorientação da formação Pode-se afirmar que as políticas indutoras tiveram influência na formação em saúde e oportunizaram a comunicação e interação entre os cursos da área da saúde por meio do trabalho em equipe, aumentaram a articulação ensino-serviço e a qualificação do trabalho dos profissionais. Conclusão: As dificuldades e os avanços do processo de mudança da formação em saúde demonstraram que este é permeado por valores, simbologias e readaptações, entre outros sentimentos que perpassam o perfil dos profissionais, docentes e discentes. Há necessidade de tempo para a consolidação das mudanças requeridas pelas propostas dos programas de reorientação da formação em saúde, devido à dificuldade em mudar o modelo de ensino tradicional existente.Palavras-chave: Políticas de Saúde. Currículo. Ensino Superior.

Educação Interprofissional nos Programas Pró e PET-Saúde: uma revisão de literatura

“…Primeiramente, destaca-se que 14 (60,8%) dos 23 estudos selecionados para esta revisão foram publicados no ano de (Cuervo et al, 2015;Batista et al, 2015;Sordi et al, 2015) ou com foco na educação permanente (Almeida et al, 2019), no exercício da preceptoria (Lima & Rozendo, 2015), na adoção da abordagem da EIP Câmara et al, 2015), na produção de mudanças para a formação em saúde (Costa & Borges, 2015;Madruga et al, 2015;Forte et al, 2016;Moraes et al, 2017;Magnano et al, 2019) e para os serviços de saúde (Rezio et al, 2015;Rezio et al, 2017). Além disso, alguns estudos declararam objetivos voltados a relatar, descrever, compartilhar experiências e vivências nos Programas Flores et al, 2015;Forte et al, 2016;Pereira et al, 2017;Santos & Lima, 2018;Silva et al, 2019), tecer históricos (E5) e/ou caracterizar as trajetórias, concepções, percepções e expectativas sobre os Programas (Cuervo et al, 2015;Sordi et al, 2015;Santos & Batista, 2018), discutir a integração ensino-serviço (Conceição et al, 2015) e apresentar reflexão teórica acerca dos conceitos sobre saúde, educação e trabalho que influenciam o PET-Saúde (Silva et al, 2015).…”

“…Além disso, alguns estudos declararam objetivos voltados a relatar, descrever, compartilhar experiências e vivências nos Programas Flores et al, 2015;Forte et al, 2016;Pereira et al, 2017;Santos & Lima, 2018;Silva et al, 2019), tecer históricos (E5) e/ou caracterizar as trajetórias, concepções, percepções e expectativas sobre os Programas (Cuervo et al, 2015;Sordi et al, 2015;Santos & Batista, 2018), discutir a integração ensino-serviço (Conceição et al, 2015) e apresentar reflexão teórica acerca dos conceitos sobre saúde, educação e trabalho que influenciam o PET-Saúde (Silva et al, 2015). Para atender a esses objetivos, 16 estudos (Lima & Rozendo, 2015;Câmara et al, 2015;Cuervo et al, 2015;Flores et al, 2015;Batista et al, 2015;Madruga et al, 2015;Rezio et al, 2015;Forte et al, 2016;Rezio et al, 2017;Santos & Batista, 2018;Santos & Lima, 2018;Magnano et al, 2019;Silva et al, 2019) contaram com a participação de preceptores, professores/tutores, estudantes, estudantes bolsistas e coordenadores de projetos, enquanto sete estudos Costa & Borges, 2015;Conceição et al, 2015;Batista et al, 2015;Sordi et al, 2015;Moraes et al, 2017) foram desenvolvidos com base em análise de documentos, como editais, políticas, propostas e relatórios finais de projetos contemplados com financiamento em editais do Pró-Saúde e do PET-Saúde e um estudo (Silva et al, 2015)…”

“…Da mesma forma, a almejada interação da academia com o serviço depara-se, por vezes, com a incompatibilidade de horário de funcionamento entre os serviços e os cursos de graduação da área da saúde. Este tema é reforçado no estudo de Moraes et al (2017), no qual as autoras também destacam a importância de se reajustar os horários disponibilizados aos diferentes cursos para a participação nos Programas. Esta condiçãodos horáriosé crucial e, se não for equacionada, dificulta sobremaneira a organização de tempos de interação entre estudantes, docentes e profissionais dos serviços vinculados aos diferentes cursos e categorias profissionais.…”

Avaliabilidade do Projeto Vivências e Estágios na realidade do Sistema Único de Saúde

“…Nesse sentido, identificam-se aversões provenientes de parte dos docentes, que veem a proposta de integração ensino-serviçocomunidade como uma ameaça à importância atribuída às disciplinas e ao hospital universitário e seus ambulatórios de especialidades como único local privilegiado de ensino (Stella & Puccini, 2008). Ademais, observa-se, também, a dificuldade em trabalhar a formação crítico-reflexiva, a interdisciplinaridade e a humanização (Moraes, Vieira & Campos, 2017).…”