ResumoO presente estudo avaliou a adesão de gestantes ao suplemento de ácido fólico no Programa de Saúde da Família -PSF "Estevão Alves do Vale" do município de Dom Expedito Lopes-PI. A gravidez é uma fase da vida da mulher, onde o corpo passa por diversas transformações incluindo mudanças hormonais, químicas, físicas e principalmente nutricionais, com o aumento das necessidades de nutrientes, para sua própria manutenção e garantia do desenvolvimento normal do feto. Estas mudanças deixam a mulher susceptível a inúmeras deficiências e intercorrências nutricionais, que podem trazer consequências negativas para sua saúde e de seu feto. O ácido fólico é um destes micronutrientes de grande importância na gestação, contribuindo para formação e desenvolvimento fetal, principalmente no desenvolvimento do sistema nervoso central e periférico. Órgãos nacionais e internacionais de saúde indicam a suplementação com ácido fólico, que deverá acontecer principalmente antes da concepção. A não adesão ao suplemento de ácido fólico pode estar ligada a diferentes fatores, as quais iram determinar o uso ou não do mesmo. Estudo transversal, conduzido com 13 gestantes, total de atendimentos, do Programa da Saúde da Família "Estevão Alves do Vale" em Dom Expedito Lopes-PI, Brasil, no período de a janeiro a maio de 2015. A avaliação do uso do suplemento de ácido fólico foi realizada a partir dos questionários aplicados com as gestantes e pelas informações obtidas nos prontuários. A tabulação de dados e a análise estatística foram realizadas no Programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 19.0. A média de idade das gestantes foi de 20,61±2,1 anos, variando de 15 a 38 anos. De acordo com a faixa etária das gestantes, as mesmas eram distribuídas nas faixas de 15 a 16 anos e 24 a 28 anos em iguais percentuais 38,45%. Em relação ao estado civil, 53,85% eram solteiras, em se tratando da escolaridade, a maior parte das mulheres tinham ensino médio completo (38,46%). No tocante à renda familiar não ultrapassava dois salários (92,31%), na maioria das gestantes analisadas. Sobre o uso de ácido fólico, disponibilizado pelo PSF, 61,53% usavam, 23% referiu que iniciou o uso, mas pararam, e 15,38% que não usaram. O estudo evidenciou que a introdução do suplemento realizado tardiamente durante a gestação, levando as gestantes e seus bebês, correrem riscos de ter agravos nutricionais no período gestacional e a ter problemas permanentes nos fetos, em decorrência da falta de ácido