Abstract:INTRODUÇÃOO Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um transtorno que atinge cerca de 2,5% de indivíduos na população geral¹. A sintomatologia característica do TOC também se faz presente em outras situações, em especial nos demais Transtornos do espectro ObsessivoCompulsivo, como a Síndrome de Tourette (ST). Apesar da prevalência e dos altos custos anuais decorrentes dos transtornos citados, pouco se sabe acerca de sua etiologia. Aceita-se, atualmente, a ocorrência de herança multifatorial nos indivíduos port… Show more
“…Seus índices epidemiológicos o deixam atrás apenas das fobias, transtornos relacionados a substâncias e transtorno depressivo maior (Del-Porto, 2001). A despeito de ainda não ter sido encontrado um entendimento sólido para a etiologia do TOC (Miguel, Rauch & Jenike, 1998;Gonzalez, 1999;Parmet, Glass & Glass, 2004;Ronchetti, Böhme & Ferrão, 2004), a psiquiatria já teceu suas hipóteses, principalmente a partir dos estudos de neuroimagem (Valente & Filho, 2001;Lacerda, Dalgalarrondo & Camargo, 2001;Pujol, Soriano-Mas, Alonso, Cardorner, Menchón, Deus & Vallejo, 2004), de neuroquímica (Marazziti & Di Nasso, 2000;Marques, 2001) e da genética relacionada ao transtorno (Gonzalez, 1999;.…”
unclassified
“…Os estudos de neuroimagem, ainda que se constituam de métodos de investigação tidos em alto conceito dentro das neurociências, pouco contribuíram para a compreensão da patogênese do TOC. As pesquisas de neuroimagem estrutural (imagem por ressonância magnética), que poderiam apontar possíveis alterações anatômicas nas áreas cerebrais do circuito fronto-estriado-tálamo-cortical relacionado à fisiopatologia do TOC (Ronchetti et al, 2004), mostraram resultados inconclusivos até o presente momento (Lacerda et al, 2001;Valente & Filho, 2001). Devido à heterogeneidade das alterações mapeadas nos diferentes estudos não foi possível achar um padrão patológico comum.…”
As duas primeiras versões do Diagnostic and Statistical Manual Disorders, nos anos de 1952 e 1968, continham definições inespecíficas e sucintas sobre o transtorno obsessivo-compulsivo. Somente a partir da terceira edição, em 1980, é que foram definidos critérios diagnósticos mais acurados sobre esse transtorno e os seus sintomas. Embora a ciência tenha dado algum avanço nos estudos, a literatura ainda apresenta grande dificuldade em clarificar o transtorno obsessivo-compulsivo sob todas as suas nuanças. Semelhante impasse vive ainda a análise do comportamento, a despeito de ter sido a teoria que mais teve a oferecer ao fenômeno. O objetivo deste ensaio é analisar sob os pressupostos do behaviorismo radical o caso de uma cliente atendida durante estágio clínico. A partir da análise de caso foi lançada uma hipótese sobre os eventos distais implicados no condicionamento dos comportamentos relacionados ao transtorno. Concluiu-se que a instalação dos comportamentos obsessivo-compulsivos da cliente se justifica frente aos condicionamentos operante e respondente por que passou.
“…Seus índices epidemiológicos o deixam atrás apenas das fobias, transtornos relacionados a substâncias e transtorno depressivo maior (Del-Porto, 2001). A despeito de ainda não ter sido encontrado um entendimento sólido para a etiologia do TOC (Miguel, Rauch & Jenike, 1998;Gonzalez, 1999;Parmet, Glass & Glass, 2004;Ronchetti, Böhme & Ferrão, 2004), a psiquiatria já teceu suas hipóteses, principalmente a partir dos estudos de neuroimagem (Valente & Filho, 2001;Lacerda, Dalgalarrondo & Camargo, 2001;Pujol, Soriano-Mas, Alonso, Cardorner, Menchón, Deus & Vallejo, 2004), de neuroquímica (Marazziti & Di Nasso, 2000;Marques, 2001) e da genética relacionada ao transtorno (Gonzalez, 1999;.…”
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“…Os estudos de neuroimagem, ainda que se constituam de métodos de investigação tidos em alto conceito dentro das neurociências, pouco contribuíram para a compreensão da patogênese do TOC. As pesquisas de neuroimagem estrutural (imagem por ressonância magnética), que poderiam apontar possíveis alterações anatômicas nas áreas cerebrais do circuito fronto-estriado-tálamo-cortical relacionado à fisiopatologia do TOC (Ronchetti et al, 2004), mostraram resultados inconclusivos até o presente momento (Lacerda et al, 2001;Valente & Filho, 2001). Devido à heterogeneidade das alterações mapeadas nos diferentes estudos não foi possível achar um padrão patológico comum.…”
As duas primeiras versões do Diagnostic and Statistical Manual Disorders, nos anos de 1952 e 1968, continham definições inespecíficas e sucintas sobre o transtorno obsessivo-compulsivo. Somente a partir da terceira edição, em 1980, é que foram definidos critérios diagnósticos mais acurados sobre esse transtorno e os seus sintomas. Embora a ciência tenha dado algum avanço nos estudos, a literatura ainda apresenta grande dificuldade em clarificar o transtorno obsessivo-compulsivo sob todas as suas nuanças. Semelhante impasse vive ainda a análise do comportamento, a despeito de ter sido a teoria que mais teve a oferecer ao fenômeno. O objetivo deste ensaio é analisar sob os pressupostos do behaviorismo radical o caso de uma cliente atendida durante estágio clínico. A partir da análise de caso foi lançada uma hipótese sobre os eventos distais implicados no condicionamento dos comportamentos relacionados ao transtorno. Concluiu-se que a instalação dos comportamentos obsessivo-compulsivos da cliente se justifica frente aos condicionamentos operante e respondente por que passou.
“…Editor, Lemos com bastante interesse o artigo de Ronchetti et al 1 que discute o tema PANDAS, acrônimo de pediatric autoimmune neuropsychiatric disorders associated with streptococcal infection, que constituiria um subgrupo de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno de tiques secundários a processo auto-imune desencadeado por infecção pelo estreptococos b-hemolítico do grupo A. Os autores apresentam os critérios diagnósticos de PANDAS propostos por Swedo et al 2 e afirmam que "é praticamente unânime a aceitação dos mesmos pela comunidade científica". Na realidade, não só os critérios para o diagnóstico de PANDAS são muito criticados na literatura, assim como a própria existência dessa entidade clínica 3,4 O método científico proporciona, destarte, que achados positivos e negativos relativos ao mesmo evento proposto possam ocorrer, motivo pelo qual o homem recorre ao artifício da estatística, tomando certas inferições como verdadeiras, baseadas num modelo de formulação de hipóteses.…”
“…A pouca visibilidade da febre reumática não é um fenômeno exclusivo do Brasil, pois, segundo Porfírio Nordet do Departamento de Prevenção de Doença não Transmissível da OMS, atualmente há pouca discussão sobre a febre reumática e a cardiopatia reumática, principalmente fora da cardiologia (WHO, 1999). Em nosso levantamento, no entanto, encontramos trabalhos sobre a febre reumática em outras especialidades como reumatologia (FERRIANI, 2005;HILÁRIO et al, 1992;PILEGGI;FERRIANI, 2000), neurologia (MERCADANTE et al, 1997;RONCHETTI;BOHME;FERRÃO, 2004;TEIXEIRA JÚNIOR, 2003;TUMAS, 2005) e pediatria (DISCIASCIO;TARANTA, 1980;JOSE;GOMATHI, 2003;MORAES et al, 2003;TANI et al, 2003), os quais priorizam respectivamente a artrite, a coréia de Sydenham e a manifestação aguda da febre reumática. Municipal de Saúde e tem como atividades o diagnóstico, a prevenção, o controle e a vigilância da febre reumática e da cardiopatia reumática.…”
Section: Considerações Geraisunclassified
“…Outros aspectos ligados à febre reumática são investigados por diversos pesquisadores tais como incidência, evolução e complicações da gravidez em adolescentes e mulheres com cardiopatia reumática (ANDRADE et al, 2001;MORAES et al, 2004;SALAZAR, 2001); estudos sobre marcadores biológicos de susceptibilidade genética para a febre reumática com a finalidade de melhor compreender os mecanismos fisiopatológicos e etiopatogênicos envolvidos (DINIZ et al, 2000;GOMES, 2002); estudos sobre a presença na coréia de Sydenham de um componente neuropsiquiátrico auto-imune que incluem os transtornos obsessivo-compulsivos (MERCADANTE et al, 1997;RONCHETTI;BOHME;FERRÃO, 2004;TEIXEIRA JÚNIOR, 2003;) e pesquisas que buscam o desenvolvimento de vacina contra o EBHGA com o intuito de erradicar definitivamente as complicações tardias de infecções estreptocócicas como a febre reumática e a cardiopatia reumática (TARASOUTCHI;.…”
Section: Tratamento E Profilaxia Medicamentosaunclassified
Ofereço este trabalho Aos meus filhos Júlia, Natália, Marina e Matheus, na esperança de que vocês sejam sempre felizes e que busquem, sintam e pensem para além do visível e palpável de cada ser humano que encontrarem. Ao meu marido, Antonio Carlos, pelo apoio, atenção, carinho e, principalmente, por permanecer sempre ao meu lado independente da distância geográfica que nos separou por algum tempo.
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