A experiência do uso de metilfenidato em adultos diagnosticados com TDAH

Abstract

RESUMO. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é visto pelas autoridades médicas internacionais como um problema de ordem pública. O TDAH é envolto em questões que fazem urgir o debate acerca dos efeitos do diagnóstico e sua crescente difusão, entre as quais se destacam a recente expansão do diagnóstico para incluir o adulto e o vertiginoso aumento do consumo do metilfenidato. Como o fornecimento público do metilfenidato é contemplado pela Assistência Farmacêutica do Espírito Santo, a presente pesquisa tem por objetivo analisar os efeitos da Política Estadual de Assistência Farmacêutica referente ao TDAH na produção de subjetividade dos sujeitos que solicitam o metilfenidato. Busca-se abordar as experiências dos usuários no curso de seu tratamento medicamentoso. Foram realizadas entrevistas com solicitantes do metilfenidato maiores de 19 anos residentes em Vitória. Como resultado, percebeu-se que os efeitos advindos do diagnóstico e do uso do medicamento são mais diversos do que os comumente relatados e quase sempre experienciados de forma conflituosa e ambivalente. Ao mesmo tempo, tanto a Ritalina quanto o TDAH parecem funcionar como tecnologias subjetivas que, em sua relação com os sujeitos diagnosticados, transformam suas vidas em graus diversos, indicando a necessidade de acompanhamento dos seus efeitos.

Methylphenidat: Ein Rückblick

“…Was jedoch im aktuellen Szenario die größte Aufmerksamkeit erregt, ist die Aneignung des Verbrauchs von MFD für nichttherapeutische Zwecke, vor allem von Personen über 19 Jahren, Kurs Studenten, Konverkursien, Führungskräften, Unternehmern und Angehörigen des Gesundheitswesens als Hauptnutzer, die die Hauptmotivation für eine höhere Leistung während ihrer Aktivitäten darstellen (BRANT; CARVALHO, 2012;RODRIGUES, 2014;CÂNDIDO et al, 2019;GONÇALVES;PEDRO, 2018;MORGAN et al, 2017;SALVIANO, 2015).…”

Metilfenidato: Uma Revisão

“…Entretanto, o que mais chama atenção no cenário atual é a apropriação do consumo do MFD para fins não terapêuticos, principalmente por indivíduos maiores de 19 anos, destacando-se Metilfenidato: Uma Revisão www.nucleodoconhecimento.com.br estudantes, concurseiros, executivos, empresários e profissionais da área da saúde como os principais usuários, sendo a principal motivação a buscar por maior rendimento durante suas atividades (BRANT; CARVALHO, 2012;RODRIGUES, 2014;CÂNDIDO et al, 2019;GONÇALVES;PEDRO, 2018;MORGAN et al, 2017;SALVIANO, 2015).…”

Comprensión fenomenológica del trastorno déficit de atención con hiperactividad (TDAH) en adolescentes

“…Uno de los adolescentes describió un uso esporádico del medicamento, limitándose a cuando creía que lo necesitaba: "Tomaba en los días que tenía las asignaturas más importantes y que no me gustaban mucho" (João). En los casos en que el medicamento es tomado solo en algunas circunstancias puede haber poca identificación con el trastorno y los sujetos perciben que el medicamento actúa en necesidades puntuales (Caliman & Rodrigues, 2014). Sin embargo, el tratamiento con medicamentos también se reveló, en la experiencia de los entrevistados, como un aliado importante en la disminución de los síntomas.…”

“…Un entrevistado relató que su padre pensaba que no tenía TDAH, pues luego de tomar el medicamento por un corto periodo, había quedado bien tras detener la ingesta. Es importante que el medicamento no sea descontextualizado de la experiencia de los individuos, no restringiéndose a una demanda situacional de la queja presentada (Caliman & Rodrigues, 2014), y exigiendo acompañamiento y miradas profesionales diferentes. Detener la ingesta del medicamento, como hicieron algunos entrevistados, no se manifestó como un acto aislado, sino que se presentaron otros cambios significativos en la vida de los adolescentes, como el cambio de escuela y el ingreso a la universidad.…”

“…El medicamento ha ocupado un lugar destacado en la sociedad, con el fin de atender expectativas sociales (Caliman & Rodrigues, 2014;Pi Davanzo et al, 2018). Una de las entrevistadas demostró tener una visión crítica en cuanto a su uso, situándolo como uno de los elementos que ayudaban a vivir mejor, pero que por sí solo no tenía el poder de cambiar lo que le traía sufrimiento: "Yo pienso que el medicamento solo no resuelve las cosas.…”