“…Postulamos, como hipótese, que a formulação e criação dessas instituições novas, por estarem orientadas pelas concepções e práticas da educação popular, surgem como resposta nacional aos processos que, a partir dos centros política, econômica e militarmente hegemônicos, secundados pelas "recomendações" de organismos multilaterais (Haddad, 2008;Pereira, 2014;Robertson, 2012, entre outros), buscam configurar os sistemas de educação superior numa perspectiva que atenda aos seus interesses de reprodução. Essa resposta-que vem na forma de uma política de governo, mas ainda não de uma política de Estado 7 -pode ser evidenciada, por exemplo, no documento Marco de 7 Não trabalhamos, aqui, com a ideia clássica de Estado como o detentor exclusivo do monopólio da força que se materializa na sua estrutura de poderes: executivo, legislativo e judiciário; tampouco na ideia de um , produzido pela Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Articulação Social e do Departamento de Educação Popular e Mobilização Cidadã, e que sintetizou, a posteriori, alguns valores políticos centrais para os governos do período 2002-2014.…”