Este artigo de natureza teórica almeja discutir o papel da gestão ambiental na geração de vantagem competitiva a uma firma. Seu objetivo é verificar em que condições a gestão ambiental pode contribuir com a vantagem competitiva sustentável, segundo os arcabouços teóricos da Visão Baseada em Recursos (VBR) e da Teoria Institucional (TI). Para tal, fundamentado no trabalho de Hart (1995), foram sugeridas três estratégias ambientais (Produtividade dos Recursos, Negócios Sustentáveis e Reputação Corporativa) por meio das quais se deu o diálogo entre a gestão ambiental, a VBR e a TI. Verificou-se, por intermédio de sete proposições de pesquisas, que a VBR e a TI fornecem referências complementares para entender a relação entre gestão ambiental e vantagem competitiva. A vantagem competitiva, nos termos da VBR, é movida pela capacidade de a empresa em desenvolver e acumular recursos ecológicos valiosos, raros, imperfeitamente imitáveis, insubstituíveis e não-comercializáveis capazes de causar heterogeneidade em relação aos seus concorrentes. A TI evidenciou que as empresas possuem percepções distintas acerca das pressões sociais de natureza ecológicas, porém, reações em direção ao isomorfismo tendem a reduzir o potencial de geração de vantagem competitiva das estratégias ambientais.