“…A sucessão de Ministros da Educação no período, especialmente a partir de seu 2º mandato, ilustra bem a turbulência das gestões de Rousseff até seu impeachment, em 2016. Muitos autores entendem que o governo Dilma intensificou práticas alinhadas a uma política de estabilidade voltada para o crescimento da economia nacional, por meio de um discurso baseado na sustentabilidade econômica, em detrimento da redistribuição de renda(ZANARDINI;RODRIGUES, 2016).Ferreira (2012, p. 468) assim resume as ênfases das gestões de Rousseff quanto a educação superior: "inovação, empreendedorismo, competitividade, formação e atração de capital humano, mobilidade internacional, universidade como agente de desenvolvimento econômico e social, foco em áreas estratégicas/prioritárias de estudo e de pesquisa, internacionalização da educação superior". A despeito do alinhamento de Dilma Rousseff a interesses do credo neoliberal, a crise econômica mundial de 2008, com efeitos sentidos na América Latina a partir de 2013, pode ter minado a manutenção do lulismo como estratégia econômica, política e social, levando ao processo de impeachment em 2016, e, posteriormente, a vitória do candidato Jair Bolsonaro, em 2018.…”