A criança com transtorno do espectro autista (TEA)

Abstract

O objetivo do presente estudo foi descrever e analisar o processo de intervenção da Terapia Ocupacional com uma criança com diagnóstico de TEA e sua família, à luz da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano (TBDH) de Urie Bronfenbrenner. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo de caso, sendo utilizada a metodologia de Inserção Ecológica. Participaram do estudo uma criança de cinco anos, com diagnóstico de TEA, seu responsável e uma estagiária de Terapia Ocupacional que os atendiam durante o semestre na Unidade de Saúde Escola (USE) da Universidade Federal de São Carlos. Para a coleta de dados foram utilizados: um formulário para identificação da criança, um roteiro de entrevista com o familiar, um roteiro de entrevista com a aluna de graduação que atendia a criança e sua família no semestre e um diário de campo. Os dados coletados por meio dos instrumentos foram analisados descritivamente a partir da TBDH. Dentre os principais resultados identificou-se que o terapeuta ocupacional atua potencializando o desenvolvimento, por meio da interação da criança com objetos e pessoas, do brincar, favorecendo os processos de inclusão social e escolar.

Atenção Primária À Saúde: Promoção, Prevenção, Diagnóstico E Implementação De Cuidados

“…Para Schaafsma e Pfaff (2014) a exposição precoce a hormônios androgênicos e a ativação imunológica materna precoce compreendem fatores ambientais que afetam a suscetibilidade específica do sexo ao TEA. Fernandes et al (2018) concluiu que um determinado número de casos de autismo está ligado à mutação do gene SETD5, encontrada no cromossomo X. Tal alteração apresentou maior prevalência em desenvolver determinados distúrbios neurológicos no sexo masculino. A pesquisa afirma que quando as mutações foram encontradas no sexo feminino, os sintomas foram variados ou até mesmo ausentes, podendo tal fato ser justificado por o sexo feminino carregar duas cópias do cromossomo X. O sexo masculino, no entanto, tem apenas um X de suas mães e o Y de seus pais, isso os deixaria mais expostos às consequências da herança genética autista.…”

Perspectivas das mães de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo sobre a rede de cuidados/Perspective of mothers of children and adolescents with autism spectrum disorder on the care network

“…Dessa forma, inclui-se parceria e articulação com a escola, família, comunidade, profissionais e serviços da rede de cuidados. Assim, as ações do terapeuta ocupacional ocorrem desde a intervenção direta, com a própria criança/adolescente, como também se estende aos demais componentes da rede de cuidados favorecendo assim, a participação social, a qualidade de vida e o engajamento ocupacional dos indivíduos com TEA (Fernandes, Santos, & Morato, 2018).…”

“…Quanto ao estudo das relações com a rede de cuidado, foi aplicado o Ecomapa, que é um diagrama dinâmico no qual são identificadas as relações estabelecidas entre a família e todo seu contexto e/ou entorno, permitindo estimar apoios sociais e redes disponíveis (Santos et al, 2018). A imagem do Ecomapa formado foi revelada através de câmera fotográfica.…”