Abstract:A cor da MÚSICA: há uma metafísica em Hélio Oiticica.The color of MUSIC: there is a metaphysics in Hélio Oiticica.
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Paula BragaA cor da MÚSICA: há uma metafísica em Hélio Oiticica.
“…Além de relacionar a série a obras precedentes e posteriores do artista, Paula Braga sublinha sentidos como dinamismo, inquietude, incômodo, subversão e desejo ao analisar o Metaesquema "Seco n˚ 27", de 1957, e um Metaesquema feito pelo artista no ano seguinte 17 . Antevendo no baile e na colisão dos módulos morfológicos do Metaesquema I, de 1958, o voo da pintura e a conquista do espaço nos Relevos espaciais, Felipe Scovino também propõe o entendimento dos Metaesquemas como plantas baixas dos Penetráveis 18 .…”
about his own series and working with the notions of schema and form, we could notice how the artist's artwork is an experiment that follows and at the same time criticizes principles of Concretism, presenting some elements that would emerge later in the Neoconcretist movement. Then, exploring the metaphorical condition of the artwork, which refers to the city, the body and the dance, thus connecting it, as a metonymy, to another Oiticica's series. Finally, in dialogue with the recent bibliography on the Metaesquemas, the text highlights the ambiguity of the work in focus, both the specific Metaesquema and the work of Oiticica.
“…Além de relacionar a série a obras precedentes e posteriores do artista, Paula Braga sublinha sentidos como dinamismo, inquietude, incômodo, subversão e desejo ao analisar o Metaesquema "Seco n˚ 27", de 1957, e um Metaesquema feito pelo artista no ano seguinte 17 . Antevendo no baile e na colisão dos módulos morfológicos do Metaesquema I, de 1958, o voo da pintura e a conquista do espaço nos Relevos espaciais, Felipe Scovino também propõe o entendimento dos Metaesquemas como plantas baixas dos Penetráveis 18 .…”
about his own series and working with the notions of schema and form, we could notice how the artist's artwork is an experiment that follows and at the same time criticizes principles of Concretism, presenting some elements that would emerge later in the Neoconcretist movement. Then, exploring the metaphorical condition of the artwork, which refers to the city, the body and the dance, thus connecting it, as a metonymy, to another Oiticica's series. Finally, in dialogue with the recent bibliography on the Metaesquemas, the text highlights the ambiguity of the work in focus, both the specific Metaesquema and the work of Oiticica.
“…Neste caso, o meio é uma coisa e outra ao mesmo tempo, além de ser algo adverso a estas duas coisas. Algo que está em constante 5 O conceito de entre ao qual faço referência foi apropriado da descrição de Gilles Deleuze desenvolvida por David Sperling apud Braga (2008). Segundo Sperling, este entre que é denominado mi-lieu seria justamente o meio, um espaço intermediário sem necessariamente ser portador de um centro.…”
AGRADECIMENTOSA Regina Johas, pela generosidade com que orientou meu trabalho, sempre abrindo meus olhos para as possibilidades dentro do instigante e maravilhoso mundo da arte.À minha família, pelo apoio incondicional, mesmo não compreendendo muito bem o processo pelo qual eu venho passando desde 2003.Aos meus amigos pelas palavras de estímulo, pelas críticas e sugestões, pelo acolhimento e por me ajudarem a seguir meu caminho, sempre em frente. Em especial à Beatriz Rinaldi, responsável pela confecção primorosa de todos os cadernos da série Lugares Imaginários.Antonio Marcos Machado, obrigada por tudo. Trilhamos juntos.vii Cada lugar é, à sua maneira, o mundo.
Este artigo toma como objeto de estudo a marginalidade. O fio que conduz a análise é a abordagem que o artista brasileiro Hélio Oiticica dá ao universo daqueles sujeitos que estiveram à margem do sistema político-social, na década de 1960, no Brasil. A partir de uma revisão das obras visuais e textuais de Oiticica, pelas quais ele pôde apresentar sua experiência e vivência com esses sujeitos, procuraremos demonstrar como as questões estética e ética da marginalidade também aparecem em três de seus poemas inéditos, escritos em 1968. Ao ler, escrever e transcrever o mundo, os poemas pensam e interrogam o que nele está posto – problemas, existências, relações –, o que possibilita o engendramento de uma resistência àquilo que pode atacar a nossa integridade moral. Procuraremos, assim, caracterizar a forma específica pela qual essa questão é tratada nesse tipo de produção. A ideia de um po-ética (SISCAR, 2010) ilumina justamente o material que estamos lidando: a linguagem. Fica claro, portanto, que a leitura dos poemas de Oiticica confirma o conhecimento de seu pensamento estético e ético, entendido inclusive em sua historicidade.
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