Abstract:ResumoA comunicação desempenha um papel central na relação progenitores-fi lhos, particularmente no exercício da parentalidade. Assim, foi desenhado um estudo misto (qualitativo/quantitativo) com o intuito de identifi car as dimensões da comunicação mais destacadas por pais e fi lhos (7-16 anos). Para atingir este objetivo entrevistaram-se dez progenitores e realizaram-se dois grupos focais com dez fi lhos, sem correspondência de parentesco. A análise de conteúdo revelou sete dimensões (Metacomunicação, Proble… Show more
“…A justificativa para o estudo centra-se na quantidade incipiente de estudos nacionais, o que inclui a construção de instrumentos, de construtos abordados pela psicologia positiva, tal como destacado por Barros et al (2010), Marujo et al (2013), e Scorsolini-Comin e Santos (2010a; 2010b). Ao lado disso, as forças de caráter, objeto de estudo da presente investigação, tem sido identificadas como fatores protetivos (Littman-Ovadia & Steger, 2010;Seligman, 2003), que podem contribuir para o desenvolvimento saudável dos seres humanos (Cuadra-Peralta et al, 2012;Snyder & Lopez, 2009) e, sendo a família e as relações entre os membros, fontes de experiências e aprendizagens, a associação entre forças e estilos parentais deve ser pesquisada (Brum, Maravieski, & Bertim, 2013;Hutz & Zanon, 2011;Portugal & Isabel, 2013;Ramos & Canavarro, 2007;Weber, Brandenburg, & Viezzer, 2003). Estilos parentais, por sua vez, são entendidos como um padrão comportamental de relações entre pais e filhos (Darling & Steinberg, 1993).…”
Section: Discussionunclassified
“…À família tem sido atribuída uma ênfase "salutogênica", ou seja, é sugerido que os aspectos sadios e de sucesso do grupo familiar, para além dos desajustes e falhas, sejam analisados (Yunes, 2003). Nesse sentido, os pais podem estimular seus filhos a valorizarem os aspectos positivos, uma vez que as relações familiares e as relações com os sistemas que se estabelecem com grupos próximos (escola, amigos e parentes) são componentes essenciais, que interferem na forma como o indivíduo enxergará o mundo, desenvolverá experiências de aprendizagens, assim como na autoestima (Brum et al, 2013;Hutz & Zanon, 2011;Portugal & Isabel, 2013;Ramos & Canavarro, 2007;Weber et al, 2003).…”
Esta pesquisa buscou evidências de validade para a Escala de Forças de Caráter (EFC) baseadas na relação com outras variáveis, verificando correlações entre a Escala de Responsividade e Exigência Parental (EREP) e os estilos parentais. Participaram da pesquisa 24 casais (n= 48) pertencentes a uma comunidade religiosa católica do estado de São Paulo. Qualidades que criam conexão com o universo em busca de sentido e as que implicam cuidado com o outro prevaleceram na amostra. As correlações de Pearson significativas entre estilos parentais e forças variaram de 0,32 a 0,64. Curiosidade, Bondade e Gratidão apresentaram correlações com três índices da EREP. A Responsividade apresentou mais relações com as forças do que a Exigência. Como implicações práticas do estudo, tem-se que orientações de pais e de famílias podem ser baseadas na compreensão de clima psicológico-emocional saudável, uma vez que os pais podem contribuir para o desenvolvimento de pontos fortes dos filhos.
“…A justificativa para o estudo centra-se na quantidade incipiente de estudos nacionais, o que inclui a construção de instrumentos, de construtos abordados pela psicologia positiva, tal como destacado por Barros et al (2010), Marujo et al (2013), e Scorsolini-Comin e Santos (2010a; 2010b). Ao lado disso, as forças de caráter, objeto de estudo da presente investigação, tem sido identificadas como fatores protetivos (Littman-Ovadia & Steger, 2010;Seligman, 2003), que podem contribuir para o desenvolvimento saudável dos seres humanos (Cuadra-Peralta et al, 2012;Snyder & Lopez, 2009) e, sendo a família e as relações entre os membros, fontes de experiências e aprendizagens, a associação entre forças e estilos parentais deve ser pesquisada (Brum, Maravieski, & Bertim, 2013;Hutz & Zanon, 2011;Portugal & Isabel, 2013;Ramos & Canavarro, 2007;Weber, Brandenburg, & Viezzer, 2003). Estilos parentais, por sua vez, são entendidos como um padrão comportamental de relações entre pais e filhos (Darling & Steinberg, 1993).…”
Section: Discussionunclassified
“…À família tem sido atribuída uma ênfase "salutogênica", ou seja, é sugerido que os aspectos sadios e de sucesso do grupo familiar, para além dos desajustes e falhas, sejam analisados (Yunes, 2003). Nesse sentido, os pais podem estimular seus filhos a valorizarem os aspectos positivos, uma vez que as relações familiares e as relações com os sistemas que se estabelecem com grupos próximos (escola, amigos e parentes) são componentes essenciais, que interferem na forma como o indivíduo enxergará o mundo, desenvolverá experiências de aprendizagens, assim como na autoestima (Brum et al, 2013;Hutz & Zanon, 2011;Portugal & Isabel, 2013;Ramos & Canavarro, 2007;Weber et al, 2003).…”
Esta pesquisa buscou evidências de validade para a Escala de Forças de Caráter (EFC) baseadas na relação com outras variáveis, verificando correlações entre a Escala de Responsividade e Exigência Parental (EREP) e os estilos parentais. Participaram da pesquisa 24 casais (n= 48) pertencentes a uma comunidade religiosa católica do estado de São Paulo. Qualidades que criam conexão com o universo em busca de sentido e as que implicam cuidado com o outro prevaleceram na amostra. As correlações de Pearson significativas entre estilos parentais e forças variaram de 0,32 a 0,64. Curiosidade, Bondade e Gratidão apresentaram correlações com três índices da EREP. A Responsividade apresentou mais relações com as forças do que a Exigência. Como implicações práticas do estudo, tem-se que orientações de pais e de famílias podem ser baseadas na compreensão de clima psicológico-emocional saudável, uma vez que os pais podem contribuir para o desenvolvimento de pontos fortes dos filhos.
“…When the focus of the research is on the couple, one observes, for example, that marital disagreement and agreement are variables that infl uence parenting (Engle & McElwain, 2013), a factor that can affect parent-child negotiations and coparenting agreements. Once again, a couple's interaction, as parents, can be a factor that determines the household environment's protection from or exposure to risks (Portugal & Isabel, 2013). One perceives that there are countless correlations and variables interacting between the various family subsystems and that it is the researchers' responsibility to select, based on the empirical evidence and aim of the study, those which can help explain the phenomenon.…”
Section: Hijos Con Síntomas Psicológicos Clínicos: El Rol Discriminanmentioning
Studies indicate that the mental health of children suffer positive and negative reverberations not only from the parent-child relationship, but also from marital and coparenting aspects. However, the nature and magnitude of these associations, when considered together, are not yet suffi ciently understood, especially in the national context. This study aims to investigate in children and adolescents with and without clinical psychological symptoms, the discriminant role of the variables of their parent's marital, parental and coparental relations. The sample consists of 200 participants, with children 4-18 years old in a steady relationship and cohabiting with the offspring. Through discriminating statistical analysis the variables coparental competition, intrusiveness of parenting, child exposure to coparenting confl ict, and marital confl ict were identifi ed as discriminant of children with clinical symptoms. The results indicate that the coparental subsystem prevails in this relationship, however the three dimensions analyzed interact interdependently in the psychological adjustment of children.
“…A study conducted by Portugal and Isabel (2013) found that parents and children considered communication essential for understanding each other. The data revealed that metacommunication attempts were valued, considering that parents reported seeking to clarify the interaction with their children.…”
Section: Communication Within the Familymentioning
This study aims to evaluate to what extent the initial family complaint of "lack of communication" may contain a relational mode characterized by anxiety and primitive defenses. This dynamic is evidenced by the unavailability of family members concerning the states of mind of each other, which hinders the recognition of otherness and difference. We conducted a research using clinical and qualitative methodology, conducting preliminary interviews with 16 families, belonging to middle, lower-middle and lower classes of the population of Rio de Janeiro, who sought treatment at the Service of Applied Psychology of a private university. We selected three out of the 16 clinical cases in order to illustrate the discussion. In the cases studied, we noticed that the precariousness of emotional exchange between family members hampers the joint search for understanding and the solution of family problems. We concluded that family psychotherapy, by recognizing individual autonomy and providing openness to emotional idiosyncrasies, promotes an effi cient communication and, thus, family emotional health.Keywords: Communication, family, psychotherapy demand, family psychotherapy.
Falhas na Comunicação: Queixas Secundárias para Demandas Primárias em Psicoterapia de Família ResumoEste trabalho tem por objetivo avaliar em que medida a queixa inicial da família centrada na "falta de comunicação" pode enunciar um modo de funcionamento relacional marcado por ansiedades e defesas primitivas. Tal funcionamento se expressa na indisponibilidade dos membros da família em relação aos estados emocionais estabelecidos entre eles, difi cultando o reconhecimento da alteridade e da diferença. Desenvolvemos uma pesquisa com metodologia clínico-qualitativa, focalizando as entrevistas preliminares com 16 famílias, pertencentes aos segmentos médios, médio-baixos e baixos da população carioca, atendidas no Serviço de Psicologia Aplicada de uma universidade privada. Selecionamos três 1 Mailing address: Rua General Góes
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