Esta pesquisa buscou evidências de validade para a Escala de Forças de Caráter (EFC) baseadas na relação com outras variáveis, verificando correlações entre a Escala de Responsividade e Exigência Parental (EREP) e os estilos parentais. Participaram da pesquisa 24 casais (n= 48) pertencentes a uma comunidade religiosa católica do estado de São Paulo. Qualidades que criam conexão com o universo em busca de sentido e as que implicam cuidado com o outro prevaleceram na amostra. As correlações de Pearson significativas entre estilos parentais e forças variaram de 0,32 a 0,64. Curiosidade, Bondade e Gratidão apresentaram correlações com três índices da EREP. A Responsividade apresentou mais relações com as forças do que a Exigência. Como implicações práticas do estudo, tem-se que orientações de pais e de famílias podem ser baseadas na compreensão de clima psicológico-emocional saudável, uma vez que os pais podem contribuir para o desenvolvimento de pontos fortes dos filhos.
Investigar a relação entre as forças de caráter e a autorregulação emocional faz-se importante, pois os construtos podem auxiliar na diminuição de psicopatologias e contribuir para um desenvolvimento saudável. O estudo teve por objetivo analisar a predição das forças de caráter em relação à autorregulação emocional diante de eventos tristes. A amostra teve 233 universitários, com idades entre 18 e 52 anos (M= 23,20; DP= 5,588). Os participantes responderam a Escala de Forças de Caráter (EFC) e a Escala de Autorregulação Emocional-Adulto (EARE-AD). Cada fator da EARE-AD foi predito por pelo menos três forças de caráter (β entre 0,177 e 0,375). Com exceção da força espiritualidade, todas as forças se associaram significativamente com os fatores da EARE-AD (r entre 0,14 e 0,47). Os resultados parecem indicar que as forças de caráter vitalidade e autorregulação são as que mais contribuem para minimizar dificuldades emocionais. Novos estudos são sugeridos a fim de compreender alguns resultados encontrados nas forças de caráter.
RESUMO O presente estudo objetivou analisar a produção científica relativa aos instrumentos que avaliam a autorregulação emocional por meio de uma revisão integrativa de literatura de uma base de dados brasileira, SciELO, no período entre 2008 e 2017. Foram analisados 19 artigos, considerando os instrumentos mais utilizados, ano e país de publicação, construtos relacionados à regulação das emoções e amostras de aplicação dos instrumentos. O maior número de publicações se deu em 2016 e 2014. A inteligência emocional foi o construto mais estudado e a Trait Meta-Mood Scale o instrumento mais utilizado. A amostra mais frequentemente pesquisada foi a de adultos. Conclui-se que o os modelos do Emotional Regulation Questionnaire e da Difficulties in Emotion Regulation Scale são os mais utilizados para avaliar a autorregulação. Ademais, o número de pesquisas sobre a autorregulação emocional tem aumentado, sendo esta um importante recurso na preservação da saúde.
As forças de caráter podem contribuir com a minimização de sintomas de ansiedade e depressão, uma vez que potencializam o desenvolvimento do bem-estar psicológico e subjetivo. Ainda não há consenso quanto à estrutura fatorial das forças de caráter e, em razão disso, o presente estudo teve por objetivo replicar empiricamente a classificação teórica das forças de caráter por meio de análises fatoriais exploratórias. Foram participantes 1500 estudantes universitários, com faixa etária entre 16 e 64 anos (M= 2,25; DP= 7,96), que responderam à Escala de Forças de Caráter. A solução fatorial mais adequada foi a de seis fatores, com variância explicada total de 44% e confiabilidades entre .88 e .93. Os resultados encontrados são discutidos à luz da literatura.
Emotional self-regulation is the ability to moderate attention and behaviors from different circumstances and events, and is associated to the healthy human adaptation. The present study sought for validity evidences based on the internalstructure of the Adult and the Child-Youth Emotional Self-Regulation Scale and their reliability indices. The adult version was answered by 802 adults and the child-youth one was answered by 600 children and adolescents. The four-factorsolution was the most adequate in both versions. The externalization of aggression (adult version) and experience evaluation (children’s version) factors, and three other factors (appropriate coping strategies, pessimism and paralysis) were foundwith similar nomenclatures in the two scales. The reliability indices ranged between 0.69 and 0.98 (adult version) and 0.91 and 0.95 (child-youth version). In both versions, the factorial loads were higher than 0.50, explaining 62.7% (adultversion) and 64.2% (child version) of the total variance. The results are discussed in the light of the existing literature.
Resumo: O presente estudo investigou as associações dos estilos parentais com a personalidade e satisfação com a vida de adolescentes, além de identificar diferenças de acordo com características sociodemográficas. Participaram 361 estudantes do Ensino médio de escolas públicas do ABC Paulista, com idades entre 14 e 18 anos (M= 15,49; DP= 1,12), sendo a maioria (71,2%) do sexo feminino. A Escala de Responsividade e Exigência Parental (EREP), o Big Five Inventory -II (BFI-2) e a Escala de Satisfação de Vida (ESV) foram os instrumentos aplicados. As dimensões de responsividade associaram-se positivamente à satisfação com a vida (r entre 0,47 e 0,49) e negativamente com neuroticismo e conscienciosidade (r entre -0,19 e -0,29). As dimensões de responsividade (pai e mãe) foram preditivas em relação à satisfação com a vida e o neuroticismo. As adolescentes apresentaram maiores médias que os rapazes em neuroticismo, agradabilidade e exigência materna. Aventa-se que os impactos dos estilos parentais na vida dos adolescentes podem diminuir com o tempo, sendo importante que os pais se responsabilizem pelo desenvolvimento de seus filhos de forma conjunta. Programas de orientação a pais e educadores podem funcionar como estratégias de prevenção à violência, suicídio, uso de drogas e desenvolvimento de psicopatologias.Palavras-chave: relações familiares, papel dos pais, bem-estar subjetivo, psicologia do desenvolvimento, afetos
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