Um Olhar Sobre a Educação Física Adaptada Nas Universidades Públicas Paulistas: Atividades Obrigatórias E Facultativas

Abstract

ResumoEste estudo objetiva verificar como o tema "Educação Física Adaptada" é abordado durante a formação profissional em dez cursos de graduação em Educação Física nas Instituições públicas (estaduais e federais) de Ensino Superior do estado de São Paulo. Nessa pesquisa descritiva, foram analisados dados documentais disponíveis nos websites desses cursos, além das entrevistas semiestruturadas realizadas com os docentes responsáveis pelas disciplinas que discutem essa temática. Todos os cursos analisados dedicam parte da carga didática à disciplina de Educação Física Adaptada que, com estágios obrigatórios e atividades complementares, totalizam entre 60 e 250 horas, e contempla, pelo menos, uma modalidade de atividade de caráter facultativo, como projetos de extensão à comunidade e grupos de estudo e pesquisa dedicados à Educação Física Adaptada. Consideramos que todos os cursos se ocupam em aprofundar os conhecimentos na temática, o que pode repercutir positivamente na intervenção dos futuros profissionais junto a esse público. Palavras-chave:Educação Física e Treinamento. Pessoas com Deficiência. Formação de Recursos Humanos.

Formação de professores de educação física para o trabalho junto de alunos com deficiência: contribuições do ensino, pesquisa e extensão

“…Perante a legislação, da Resolução nº 03/87 do Conselho Federal de Educação, os cursos de formação em Educação Física devem oferecer, pelo menos, uma disciplina para tratar sobre a temática de educação inclusiva (BRASIL, 1987). Tal disciplina deve fornecer subsídios para que o futuro profissional conheça conceitos, procedimentos e atitudes necessários à atuação com pessoas com deficiência, com as quais provavelmente terá contato em algum momento de sua carreira (FERREIRA et al, 2013).…”

Interdisciplinaridade Na Formação Inicial Do Professor De Educação Física Para Atuar Com Alunos Com Necessidades Educacionais Especiais

“…Ou seja, ao se trabalhar com atividades práticas de disciplinas, como Atletismo, Ginásticas, Voleibol, Ritmos e Danças, Jogos e Brincadeiras, Lutas e Jogos e Esportes Complementares no Contexto Escolar, o professor dispõe de uma gama de elementos e possibilidades de adaptações nas atividades e em suas estratégias de ensino, contribuindo com a participação de todos os alunos nas aulas (Cidade & Freitas, 2002;Ribeiro, 2009). Além disso, sabe-se que a natureza dessas aulas contribui de maneira positiva com o processo de inclusão na escola, uma vez que as atividades possuem caráter lúdico/recreativo, mediante práticas atrativas e divertidas, possibilitando que os alunos as realizem coletivamente e aprendam uns com os outros (Cidade & Freitas, 2002;Ribeiro, 2009;Ferreira et al, 2013).…”

“…Disciplinas como Libras, Aprendizagem Motora, Atividade Física e Pessoas com Deficiência, Didática, Dimensões Socioculturais da Educação Física, Psicologia da Educação, Legislação, Ética e Políticas Educacionais e todas as disciplinas de estágio, embora não especificamente voltadas às atividades práticas, podem contribuir com o trabalho do professor por contemplarem conteúdos que podem ser articulados com o contexto inclusivo e as necessidades educacionais especiais dos alunos (Ribeiro, 2009;Ferreira et al, 2013).…”

“…Estudos apontam que tais conhecimentos são oportunizados, na maioria das Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, por uma disciplina específica relacionada à educação especial que visa proporcionar subsídios teóricos e práticos para o trabalho pedagógico junto a alunos com necessidades educacionais especiais (Silva & Araújo, 2005;Gomes, 2007;Borella, 2010;Ferreira, Lopes, Ferreira & Nista-Piccolo, 2013). Todavia, entende-se que o processo de formação inicial ocorre durante todo o período da graduação e, nesse caso, as demais disciplinas também contribuiriam com esse processo, uma vez que somente uma pode não ser suficiente para que o professor obtenha uma formação voltada ao trabalho com a diversidade.…”

Fontes de autoeficácia e atividades experimentais de física: um estudo exploratório

“…Em trabalhos na área de Ensino de Física, a autoeficácia vem sendo investigada, principalmente: na formação acadêmica de alunos e futuros professores [e.g. 14,15,16,17]; em questões de diversidade cultural, étnica, racial e de gênero [e.g. 18,19,20]; e de métodos ativos de ensino [21,22,23].…”