Os impedimentos da memória

Abstract

resumo Este artigo tem como pressuposto que a retomada do tema da memória e do esquecimento, em A memória, a história, o esquecimento, parte de uma pesquisa da “justa memória” em um cenário político francês que sofre de “bulimia comemorativa”, como denuncia Pierre Nora em Les lieux de mémoire. É apresentado o confronto entre uma concepção da memória imbuída de emoções subjetivas, em oposição ao rigor científico da história (Nora), e uma concepção da memória viva como condição transcendental de nossa relação com o passado (Ricoeur). Esse confronto se abre sobre a insistência do aspecto ético da política memorial e das práticas coletivas de esquecimento e de amnésia. Segundo Ricoeur, as hipóteses de Freud sobre a elaboração do trauma e sobre o trabalho do luto podem servir como paradigma privilegiado a esse empreendimento que visa uma narrativa histórica justa.

proprietário "bom" e o proprietário "ruim": o fim das relações de morada em memórias de assentados rurais

“…A idealização produzida pela memória contribui para uma nostalgia presente nos relatos que as pessoas constroem sobre os fatos. No processo de rememoração, elas exaltam o passado e o contrapõem ao presente, como pontuam estudos como o de Gagnebin (2020).…”

“Histórias Portais, Projetos Glocais”: A Lingu[im]agem Da Cidade De Americana Sob Uma Perspectiva Pós-Colonial

“…Questionando quais silêncios tal história contempla nas narrativas predominantes, percorremos o caminho da memória e de seus arcontes, 4 conhecendo também as definições e problematizações dos estudos da branquitude. Entre memórias instruídas, impedidas e o trabalho de rememoração (Ricoeur, 2007;Gagnebin, 2020), chegamos ao embate político do movimento negro na região pela eliminação de um símbolo racista na cultura regional, a bandeira dos confederados, que é cultuada em uma festa promovida pela "Federação Descendência [Norte-]Americana" e, atualmente, proibida nos Estados Unidos como símbolo de supremacia racial.…”