RESUMO: Este artigo gira em torno da possibilidade de reinterpretar dados de pesquisa do passado, à luz das Teorias da Complexidade, conectando-os a dados atuais para conseguir explicações mais compreensivas. São tomados então alguns dados de minhas pesquisas sobre o rural-urbano, a saber: dados quantitativos do Censo de Assentamentos Rurais do Estado de São Paulo sobre as expectativas dos pais em relação à escolarização de meninos e meninas (anos 90); dados qualitativos de uma pesquisa com redações escolares realizada na região de Araraquara no início dos anos 80. Construindo-se uma ponte entre as duas situações, o argumento central é o de que questão das meninas na zona rural deve ser discutida levando-se em conta a relação rural-urbano e superando-se essa dicotomia sob a ótica da história recente do país. Observase então que as transformações pelas quais passa a sociedade nacional se refeletem no campo e a conexão entre os dois momentos enfocados (anos 90 versus início dos anos 80) é reveladora de que os germens dessas mudanças já se anunciavam nas relações de algumas meninas que criticavam a sobrecarga do trabalho doméstico sobre os próprios ombros, principalmente sobre os de suas mães. Palavras-chave:Criança. Trabalho doméstico. Aspirações à escolarização.Rural-urbano. Mudança social no campo. ON THE FRINGE OF URBAN RURALITY: GIRLS BETWEEN TRADITION AND MODERNITYABSTRACT: This paper centers on the possibility of re-interpreting past research data in the light of Complexity Theories, connecting them to present data to yield more understandable explanations. From such data of my research about rural-urban environments as: quantitative data from the Census in rural settlements in the State of São Paulo as for parents' expectancies about boys and girls schooling (in the 90s);
RESUMO:Este artigo descreve o quadro de transformações históricas do Brasil, na segunda metade do século XX, para inserir aí a questão do idoso, numa perspectiva do envelhecimento da população. Situa as mudanças sociais, a perda de poder do idoso, fruto da urbanização e da modernização, com sua estrutura de empregos que transformou o antigo chefe da família extensa no aposentado. Propõe então medidas para recuperação da dignidade dessa importante "categoria sociológica", a partir da educação da nova sociedade. Sugere ainda que, para os professores de crianças e adolescentes que receiam lidar com o Estatuto da Criança e do Adolescente, talvez um bom caminho para enfrentar a complexa área dos direitos humanos seja trabalhar com seus alunos na valorização da memória do idoso, o que significa ao mesmo tempo fazê-los adquirir conhecimentos e valorizar os mais velhos, reconhecendo-os como titulares de direitos. Palavras-chave:Envelhecimento da população. Mudança social. Dignidade do idoso. A escola e a memória do idoso. THE ELDERLY IN CONTEMPORANEOUSNESS: THE NEED TO EDUCATE SOCIETY TO THE DEMANDS OF THESE "NEW" SOCIAL ACTORS WHO OWN RIGHTSABSTRACT: This paper explores the historical framework of social changes, in the second half of the 20 th century, in Brazil. It highlights the issue of the elderly within an ageing population. It then * Doutora em Sociologia e professora-colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da Universidade Estadual Paulista (UNESP, campus de Araraquara).
RESUMO: O presente artigo levanta questões importantes acerca da qualidade do ensino médio público quando comparado ao particular, a partir de dados da pesquisa "10 anos depois: Unesp -Diferentes perfis de candidatos para diferentes cursos (Estudo de variáveis de capital cultural)", questionando a visão ideológica de que a escola particular coloca seus alunos mecanicamente nas melhores universidades. Apresentando dados sobre a performance dos candidatos ao vestibular oriundos do sistema particular e do sistema público, o artigo mostra que, nos dois casos, a freqüência a cursinhos é uma constante, o que coloca em xeque a tão propalada maior qualidade do ensino médio particular. Palavras-chave: Ensino Médio; Ensino Médio Particular e Público; EfeitoCursinho; Acesso à Universidade.No momento em que o ensino médio é alvo de políticas governamentais, de preocupações nacionais e de avaliação, vale a pena relatar pesquisas que lançam luz sobre esse nível de ensino, para, no mínimo, abalar mitos veiculados pela mídia sobre as contradições entre escola pública e escola particular.
A ideologia oriunda do pensamento religioso transita na sociedade por meio dos seus agentes formadores. No contexto escolar nota-se uma realidade aplicável ao conceito de violência que estabelece uma cultura de submissão da mulher ao homem e que se reproduz por meio destes agentes. De fato a ideologia religiosa da cultura judaico-cristã chegou à educação nas suas várias nuances, inclusive na cultura escolar de maneira sutil, através da interiorização de seus conceitos pelos indivíduos que o assimilaram como natural. Considerando esta realidade, o presente estudo, de cunho teórico, problematiza o conceito de ideologia, buscando compreender a trajetória da sujeição da mulher, da antiguidade aos dias atuais, bem como, esboça o quadro político da contra-ideologia. Em linhas gerais, busca mostrar que os adeptos da cultura judaico-cristã persistem em perpetuar a violência simbólica contra a mulher a qual tem sido cada vez mais questionada, principalmente, quando confrontada com os escritos do criador do cristianismo, que colocou a mulher em condição e tratamento de igualdade, sem desvalorização. Outrossim, este artigo denuncia que é preciso um olhar mais atento da academia às sutilezas dos livros considerados sagrados, pois podem trazer importantes elementos para a compreensão dos muitos mitos e tabus das relações de gênero presentes na contemporaneidade.
Entrevista com Dulce Whitaker coordenada por Danilo Seithi Kato (UFTM). Whitaker é professora da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (FCLAr-Unesp). Graduada em Ciências Sociais (Unesp), ela realizou estudos de mestrado e doutorado em Sociologia na USP, além do pós-doutorado na Universidade de Oxford (Inglaterra). Autora de váriose studos e pesquisas (livros, artigos, capítulos), Whitaker trabalha, basicamente,com temas relacionados a cultura, ideologia, Sociologia da Educação e Sociologia Rural. Antes da carreira docente em universidade pública, ela trabalhou em cursinhos: nossa conversa tratou justamente da inter-relação entre as atividades acadêmicas (pesquisas em Sociologia) e a discussão sobreo cenário educacional brasileiro em suas dimensões políticas e sociais. A entrevista foi realizada em maio de 2013 na FCLAr-Unesp, em Araraquara. Decidimos manter o caráter da oralidade na transcrição da fala de Dulce Whitaker. Apoio: Felipe Ziotti Narita.
Este texto celebra o aniversário de Araraquara, no mês de agosto, às vésperas do seu segundo centenário (1817-2015). Homenageia seu expressivo legado cultural, destacando aspectos artísticos e intelectuais de sua História na primeira metade do século passado. Para tanto, resgata o extraordinário desenvolvimento de duas áreas importantes: teatro e artes plásticas, enfatizando a singularidade dessas manifestações e os principais protagonistas envolvidos. Aprofundando a visão histórica, capta, ainda, algumas contradições.
Para compreender como vejo a questão da educação rural (e urbana) na sociedade brasileira hoje, é preciso, logo no início deste artigo, superar a razão dualista que costuma dicotomizar os fenômenos humanos, contrapondo-os em pares antagônicos: cultura x natureza, rural x urbano, países desenvolvidos x países subdesenvolvidos, etc. Tal maneira conceituai de organizar o raciocínio pode ajudar a compreender os fenômenos a partir da ciência positivística, mas é obscurecedora do real em sua complexidade (totalidade). [...]
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