RESUMO: O presente artigo levanta questões importantes acerca da qualidade do ensino médio público quando comparado ao particular, a partir de dados da pesquisa "10 anos depois: Unesp -Diferentes perfis de candidatos para diferentes cursos (Estudo de variáveis de capital cultural)", questionando a visão ideológica de que a escola particular coloca seus alunos mecanicamente nas melhores universidades. Apresentando dados sobre a performance dos candidatos ao vestibular oriundos do sistema particular e do sistema público, o artigo mostra que, nos dois casos, a freqüência a cursinhos é uma constante, o que coloca em xeque a tão propalada maior qualidade do ensino médio particular. Palavras-chave: Ensino Médio; Ensino Médio Particular e Público; EfeitoCursinho; Acesso à Universidade.No momento em que o ensino médio é alvo de políticas governamentais, de preocupações nacionais e de avaliação, vale a pena relatar pesquisas que lançam luz sobre esse nível de ensino, para, no mínimo, abalar mitos veiculados pela mídia sobre as contradições entre escola pública e escola particular.
Neste artigo debatemos as possibilidades e os limites do relato etnográfico, analisando o rico diário de viagens de Carybé à Benin nos anos de 1969 e 1987. Ao nos depararmos com suas impressões sobre a cultura e o cotidiano neste pequeno país da África, localizado na região do Golfo da Guiné, decidimos colocar à luz da história a descrição sincrônica que o artista constrói. A partir das relações históricas e políticas dos reinos do Benin, de Oyo e do Daomé, elaboradas numa perspectiva africanista, foi possível compreender as contradições no processo de formação da República de Benin e suas interpenetrações culturais, o colonialismo e a resistência africana contra séculos de escravidão. Além disso, elaboramos uma análise diacrônica dos registros no diário de Carybé e de sua busca por uma estética e estilística de herança africana.
Este artigo é resultado de um trabalho apresentado ao final da disciplina Educação e Sociedade, ministrada pela professora Elis Fiamengue no curso de História na Universidade Estadual de Santa Cruz(UESC), em Ilhéus/Bahia. No decorrer da disciplina foram discutidos diferentes autores, entre os quais Paulo Freire e Pierre Bourdieu e ao final os alunos foram instigados a fazer um exercício de memória, recordando sua trajetória, refletindo sobre a mesma e relacionando-a aos processos de aquisição de capital cultural. A partir da construção de um memorial sobre a trajetória de luta pela terra dos pais, o aluno Jheyds Lemos Farias elaborou uma reflexão acerca das formas de aquisição do capital cultural nos processos políticos de demanda por terra para reforma agrária no sul e extremo sul da Bahia.
Nas Ciências Sociais já há algum tempo que as crianças foram alçadas à categoria de sujeitos da pesquisa. Nesse contexto, este artigo comunica resultados de uma investigação socioambiental realizada com crianças residentes na Reserva Extrativista (RESEX) do Lago do Cuniã/RO. O objetivo principal foi o de compreender melhor as representações de crianças da comunidade sobre a escola e o meio ambiente local, visando a permitir a emersão de elementos do imaginário infantil. Foram coletados, ao todo, 15 desenhos de estudantes das séries iniciais do Ensino Fundamental da escola da comunidade sobre: 1) a escola local e 2) o meio ambiente da comunidade. Os mais expressivos foram selecionados para as análises, a saber: 05 da escola e 04 do meio ambiente. Os dados revelam como principais resultados a forte marca da seriação escolar no imaginário infantil, e o afeto para com o meio ambiente; além de uma vastidão de conhecimentos sobre a biodiversidade local que é retratada explicitamente. Esses elementos são discutidos à luz da sociologia rural e da perspectiva da educação do campo, na defesa da possiblidade de realização de uma conservação ambiental atrelada à reforma agrária e à valorização dos modos de vida tradicionais.
Criado em 1997 o Parque Estadual Serra do Conduru (PESC) no Sul da Bahia – Brasil gerou um cenário de disputas e conflitos com os moradores locais, que se perpetua até os dias atuais. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar os conflitos gerados a partir da criação do PESC e as arenas formadas em função da sua criação. Para tanto, foram entrevistados 23 posseiros, que tiveram suas terras desapropriadas no processo de criação do parque. As arenas sociais se formaram e muitos conflitos surgiram diante das desapropriações, da falta de participação popular, das limitações impostas aos posseiros e pela morosidade do Estado. Os moradores da área tiveram suas vidas transformadas pela chegada da unidade e tiveram que se adaptar a novos modos de vida ou resistir na área do parque vivendo sobre restrições legais e privações econômicas.
O olhar peculiar que lançamos nesse artigo para abordar a trajetória intelectual do patrono da educação brasileira nos instigou a compreender esse grande autor multifacetado também por sua face mais esperançosa, como uma forma de alento e contraponto ao avanço da onda neoconservadora. Analisamos Paulo Freire por alguns ângulos: a influência das mulheres em sua vida, os momentos de seu pensamento e os contextos sociais que o ajudaram a forjar o próprio fazer científico, além de observá-lo pelo viés das perseguições, do conservadorismo e do autoritarismo na sociedade brasileira de ontem e hoje. Apesar do avanço da onda neoconservadora, nosso patrono ainda tem nos ensinado que a educação pode deixar de ser reprodutora e passar a ser libertadora, sendo utilizada como uma tecnologia social importante para o despertar da autonomia, ao invés da opressão, e o incentivo a formas de ação social libertadoras e humanizadoras, ou seja, não opressoras. A obra de Freire é um prenúncio de esperança.
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