Tempos históricos plurais: Braudel, Koselleck e o problema da escravidão negra nas Américas Plural historical times: Braudel, Koselleck and the problem of African slavery in the Americas Neste artigo exploram-se as interconexões entre as formulações de Fernand Braudel e Reinhart Koselleck a respeito do tempo histórico. Na primeira parte, após passarmos em revista os aspectos centrais do modelo braudeliano, procuramos demonstrar a forma como Koselleck se apropriou dele, renovando e radicalizando-o mediante um duplo procedimento de condensação e complexificação. Na segunda parte, por meio de um breve balanço historiográfico, exploramos as potencialidades da teorização braudel-koselleckiana no campo específico da escravidão negra nas Américas, expondo uma agenda de pesquisa renovada.Fernand Braudel; Historiografia sobre escravidão; Reinhart Koselleck The article analyses the formulations on historical time made by Fernand Braudel and Reinhart Koselleck and their interconnections. In the first part, after reviewing the central aspects of the Braudelian model it demonstrates how Koselleck appropriated it, renewing and radicalizing it by a double procedure of condensation and complexification. In the second part, through a brief historiographic survey it explores the potentialities of Braudelian / Kosellekian theorization for the study of New World Slavery, presenting a renewed research agenda. Fernand Braudel; Historiography of Slavery; Reinhart Koselleck Rafael de Bivar Marquese & Waldomiro Lourenço da Silva Júnior e periódicos disponíveis em bibliotecas locais, vindo a incorporar um considerável repertório historiográfico de procedência germânica (DAIX 1999, p. 199-206). No final de 1941, Braudel concluiu uma primeira versão da tese, redesenhado o esboço preliminar feito em 1939. Em Lübeck, em meio às reviravoltas da guerra, escreveria outras três versões do trabalho, refinando gradualmente o seu modelo de análise e a formulação teórica que viria a lume mais tarde. No entanto, a reação de Hitler aos bombardeios de Dresden, entre 13 e 15 de fevereiro de 1945, quase pôs tudo a perder. Como vingança pelo incêndio dantesco da "Florença do Elba", o líder nazista pensou seriamente em dar prosseguimento à proposta A experiência da guerra