“…Na atualidade, observa-se a inclusão de outros temas, tais como qualidade de vida no trabalho, clima organizacional, cultura organizacional, liderança, equipes de trabalho, análise de competências, empreendedorismo (Bendassolli, Borges-Andrade, & Malvezzi, 2010;Zanelli, 2002). Também vale destacar que a ideia de 'organizações' é utilizada para indicar que o foco não é mais apenas a empresa privada (Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho, 2009;Zanelli, 2002, p.26), mas diferentes "formatos organizacionais" (Silva, 2008, p.22 Entretanto, o que se vê é que ainda predomina a ideia de neutralidade do psicólogo -criticada por autores como, por exemplo, Prilleltensky (1994) -, e o objetivo de fornecer ferramentas de gerência, sem envolver mudanças nas metas produtivas, no ritmo de trabalho ou no modelo técnico do processo produtivo e, muito menos, na assimetria de poder entre trabalhadores e gerência (Padilha, 2010). Assim, a modificação discursiva observada não parece refletir uma transformação essencial nos pressupostos que caracterizaram a Psicologia Organizacional ao longo de sua história, com práticas e produções teóricas essencialmente vinculadas à gestão.…”