Estratégias para edifícios de escritórios energia zero no Brasil com ênfase em BIPV

Abstract

Esta pesquisa tem o objetivo de avaliar o potencial de transformação de edifícios de escritório brasileiros em edifícios energia zero (EEZ) em diferentes climas. O estudo foi baseado em simulações computacionais, e o desenvolvimento do modelo foi dividido em três etapas. A primeira etapa consistiu na avaliação do caso protótipo (edifício referencial), que representa uma tipologia de edifícios de escritórios no Brasil. A segunda etapa consistiu no desenvolvimento do caso otimizado (edifício com baixo consumo de energia) de acordo com o regulamento de eficiência energética brasileiro. O comportamento dos dois casos foi determinado e comparado com o cálculo do balanço térmico e energético do edifício. Finalmente, o caso energia zero foi obtido por meio da aplicação de tecnologias solares (BIPV) na edificação. As simulações computacionais foram realizadas através dos programas EnergyPlus e Daysim para Fortaleza, CE, e Florianópolis, SC, cidades localizadas em diferentes zonas climáticas do Brasil. Os resultados mostraram que, em Fortaleza, mais módulos fotovoltaicos foram necessários devido ao maior consumo de energia, principalmente com refrigeração. O uso do regulamento de eficiência energética proporcionou redução no consumo de aproximadamente 50%. Porém, com o uso da janela fotovoltaica, outras estratégias foram necessárias para atingir o EEZ.

Panorama of photovoltaic energy in poultry in Paraná

“…The resolution governs the micro and mini generation of energy by consumers, allowing users to install generator systems and generate their own energy, and the surplus energy can be exported to the electric grid and generate credit on the energy bill (Didoné et al, 2014).…”

Análise de um sistema fotovoltaico para um ZEB no sul do Brasil

“…De acordo com os procedimentos metodológicos descritos anteriormente, a partir dos dados de irradiação solar de Passo Fundo, foi estimada a geração potencial e comparada à geração real, estabelecendo a taxa de desempenho para o sistema. A taxa de desempenho média verificada foi de 0,92 nos 12 primeiros meses de geração, superior à utilizada em outros estudos simulando a geração fotovoltaica com valores entre 0,70 e 0,85 [10][11] e a taxa indicada pelo CRESESB de 0,70 a 0,80, demonstrando que a verificação in loco permite uma estimativa mais assertiva da geração. A menor taxa de desempenho foi de 0,79 no mês de junho e, alguns meses apresentaram geração superior ao estimado pelos dados de irradiação devido a condições climáticas, como dias sem nuvens, que podem aumentar a produtividade do sistema.…”

“…Estudos vêm sendo realizados para simular e avaliar o desempenho de sistemas fotovoltaicos no Brasil. Por exemplo, um estudo simulou a geração fotovoltaica em Fortaleza-CE e Florianópolis-SC, visando o aproveitamento para edifícios autossuficientes em energia, demonstrando que mesmo com a maior irradiação solar e potencial de geração, cidades em climas mais temperados tendem a apresentar maior consumo de energia e de forma análoga, cidades com menor irradiação podem apresentar menor consumo [10]. Outro estudo simulou a incorporação de sistemas fotovoltaicos integrados a fachadas, substituindo materiais de envoltória e ainda gerando energia para autoconsumo [11].…”

Energia solar na construção civil nos Gerais de Balsas, Maranhão: uma perspectiva de sustentabilidade

“…Os sistemas fotovoltaicos podem ser aplicados nas edificações de duas formas diferentes [Didoné, Wagner e Pereira, 2014]. Os sistemas Fotovoltaicos Aplicados à Construção (BAPV, Building Applied Photovoltaic) podem ser aplicados sobre a estrutura de construções já existentes (Figura 4(a)), enquanto que os sistemas Fotovoltaicos Integrados à Construção (BIPV, Building Integrated Photovoltaic), podem substituir materiais funcionais da construção (Figura 4(b)).…”