2004
DOI: 10.1590/s1517-45222004000200004
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Cooperativas de trabalho de Porto Alegre e flexibilização do trabalho

Abstract: Neste artigo, procurou-se verificar o que representam as cooperativas de trabalho no processo de reestruturação produtiva e flexibilização do trabalho na economia brasileira e, especificamente, na gaúcha. Desenvolveu-se uma pesquisa junto às cooperativas de Porto Alegre questionando-se quanto à flexibilização do trabalho, qualidade de vida e empregabilidade. Identificaram-se, por parte dos dirigentes a valorização dos ideais cooperativistas e a preocupação com a qualidade de vida dos cooperados. Essas cooperat… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
1
0
21

Year Published

2008
2008
2013
2013

Publication Types

Select...
3
2
1

Relationship

0
6

Authors

Journals

citations
Cited by 19 publications
(22 citation statements)
references
References 0 publications
0
1
0
21
Order By: Relevance
“…A partir 1965, começaram a aparecer cooperativas de profissionais qualificados, como médicos, dentistas e professores, almejando solucionar problemas de inserção no mercado de trabalho (Culti, 2008). No instante da maior proliferação das cooperativas de trabalho, verificada nas décadas de 1980 e 1990, vários estudos indicaram serem elas majoritariamente um meio de tornar flexíveis as relações de trabalho, terceirizando serviços e buscando reduzir custos de mão de obra (Lima, 2002(Lima, , 2008Piccinini, 2004;Pontes, 2007).…”
Section: A Economia Solidária E a Evolução Do Cooperativismounclassified
See 1 more Smart Citation
“…A partir 1965, começaram a aparecer cooperativas de profissionais qualificados, como médicos, dentistas e professores, almejando solucionar problemas de inserção no mercado de trabalho (Culti, 2008). No instante da maior proliferação das cooperativas de trabalho, verificada nas décadas de 1980 e 1990, vários estudos indicaram serem elas majoritariamente um meio de tornar flexíveis as relações de trabalho, terceirizando serviços e buscando reduzir custos de mão de obra (Lima, 2002(Lima, , 2008Piccinini, 2004;Pontes, 2007).…”
Section: A Economia Solidária E a Evolução Do Cooperativismounclassified
“…As estatísticas não permitem distinguir as cooperativas autênticas das falsas, missão que tem recaído sobre os órgãos fiscalizadores (não sem gerar contestações quanto ao seu excessivo rigor) e aos estudos sobre o cooperativismo de trabalho (Lima, 2002(Lima, , 2004(Lima, , 2006Piccinini, 2004;Druck e Franco, 2007).…”
Section: As Cooperativas E As Estruturas Econômicas Dominantesunclassified
“…Isso ocorreu, apesar de estarem sensíveis e buscarem ativamente a composição de um currículo de habilidades, às vezes mais ou menos oculto, tal como sugerem Shiroma & Campos (1997). Corroborando Piccinini (2004), a maioria dos entrevistados pensa em investir na aprendizagem de técnicas ou tecnologias, sinalizando que a condição de sua empregabilidade poderia estar orientada para evitar o subemprego definido por eventuais investimentos tecnológicos em redução de mão de obra. A referência de Sorj (2000) quanto à possibilidade de uso de características pessoais como condição de empregabilidade não pode ser verificada, tendo em vista que a supervisão institucional tendeu a reduzir conflitos referentes a situações de Discriminação Social (8), apesar de ainda ocorrerem em algumas situações e se perceber relativa reticência dos adolescentes em comentar situações compatíveis com esse fator.…”
Section: Discussionunclassified
“…Para Piccinini (2004), a reestruturação produtiva reduziu o quadro de pessoal nas grandes empresas, mantendo os trabalhadores mais qualificados. Em compensação, o mercado de trabalho tornou-se precário, aumentando o desemprego industrial e, na pequena e média empresa, o emprego legalmente desprotegido.…”
unclassified
“…Desde a década de 1970, muitas mulheres costuraram para confecções (geralmente micro e pequenas empresas terceirizadas por médias e grandes empresas) sem nenhum tipo de contrato de trabalho (Abreu, 1986). Na maioria dos casos, essa situação de trabalho "informal" e "ilegal" foi legalizada à medida que essas trabalhadoras passaram a ser empregadas por intermédio de cooperativas de mão-de-obra (Piccinini, 2004), isentadas de muitos encargos trabalhistas que foram flexibilizados ao longo da década de 1990. Tem razão, neste sentido, Francisco de Oliveira, quando observa que "hoje, o trabalho informal -que já perdeu como conceito sua capacidade heurística -não é o 'outro' do trabalho formal ou com carteira: ele é agora o modelo para o que ainda resta de trabalho com relações formalizadas" (Oliveira, 2004, p. 11).…”
Section: O Surgimento Da Cata De Recicláveisunclassified