Retraçando a memória da imigração polonesa no RS: uma leitura da obra de Letícia Wierzchowski a partir dos rastros

Abstract

Análise dos romances Uma ponte para Terebin (2006), Os Getka (2010) e Cristal polonês (2003), da escritora gaúcha Letícia Wierzchowski (1972-), que se consagrou nacionalmente com a Casa das sete mulheres. Na esteira de Moacyr Scliar, com a imigração judaica, de Pozenato, com a imigração italiana ou Josué Guimarães, com a imigração alemã, a autora retraça a presença polonesa no sul do país a partir de fragmentos (resíduos) memoriais como cartas, fotografias, relatos orais, onde o tom é dado pela memória afetiva.

A (re) escrita da história na ficção de Leticia Wierzchowski: um estudo dos aspectos políticos e sociais presentes na obra “O menino que comeu uma biblioteca”

“…A obra fi ccional de Leticia Wierzchowski é, segundo Bernd (2013), pioneira nessa tentativa de representar o cenário imigratório para o Rio Grande do Sul. Ao valer-se de uma vasta pesquisa bibliográfi ca, associada ao exercício memorialístico carregado de tons autobiográfi cos, e complementado pelo exercício fi ccional da romancista, Leticia Wierzchowski retrata a presença étnica e cultural do povo polonês no cenário rio--grandense, especialmente os indivíduos que, assim como o seu avô, encontraram, no novo território, a possibilidade de reconstruir a vida, tão marcada pelas difi culdades impostas durante a guerra.…”