Narratividade do professor: mediação e linguagem na sala de aula

Abstract

OBJETIVO: construir e analisar uma experiência de formação do professor em sua narratividade e os efeitos da mesma na narratividade das crianças. MÉTODO: a amostra se constituiu de duas professoras de pré-escola, 28 alunos, 14 de cada professora sendo, um grupo experimental e o outro grupo controle, e os pais das crianças como controle ambiental. As avaliações foram feitas a partir de sessões de filmagem das professoras, coleta das narrativas das crianças e questionário sobre como desenvolviam a atividade de contar em casa. RESULTADOS: o processo de mediação fonoaudiólogo/professor, com enfoque na narrativa, provocou mudança no modo de narrar não só do professor, mas também nas categorias narrativas das crianças, demonstrando a importância de o profissional que assessore o professor em sua prática trazendo novos subsídios teóricos. CONCLUSÃO: após a realização desta pesquisa observou-se que a Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM) e os princípios interacionistas sobre a aquisição da linguagem e o desenvolvimento narrativo foram efetivos na construção de uma experiência formativa do professor para melhorar sua narratividade e que a evolução do professor se refletiu na evolução das habilidades narrativas das crianças.

The perceptions of tertiary level EFL teachers and students to the tool mediation learning experience in reading skills: A case for cloud computing environment

“…A Likert-scale questionnaire comprises three parts: the importance of each aspect of MLE tools, the usage frequency of MLE tools, and technology as mediation tools in reading tasks. The questionnaires were adapted from Williams and Burden's (1997) mediation questionnaire, Celik's (2013), and a questionnaire adapted by Chesini et al (2013) from University of Witwatersrand. Since questionnaires undoubtedly provide a convenient and practical tool for researchers to study mediation (Gang & Zaho, 2015), these two sets of questionnaires were designed to explore the students and teachers' perceptions of mediational experience of the tools or MLE parameters in reading tasks.…”

Contação de histórias e desenvolvimento do adulto contador

“…A contação de histórias é muito indicada ao público infantil para o entretenimento e, também, para o desenvolvimento afetivo, cognitivo e social das crianças (CHESINI;CRESTANI;SCHERER, 2012). Nas escolas, principalmente na Educação Infantil, a leitura e a contação de histórias ajudam a despertar futuros leitores, trabalham diferentes conceitos e conteúdos necessários para essa fase da vida.…”

“…A contação de histórias têm sido objeto de interesse de muitos pesquisadores que trabalham com crianças, entendendo-a como uma prática que contribui para o desenvolvimento do hábito da leitura e na formação humana (CHESINI;CRESTANI;SCHERER, 2012). Muitos ouvintes são beneficiados por essa prática; entre eles, crianças, adolescentes, adultos e idosos, sendo positivos os resultados no processo de desenvolvimento cognitivo e afetivo, auxiliando em diferentes contextos sociais (COSTA et al, 2016;MONTEZI;MENEGHEL, 2014;INGUEZ, 2007;BRANDÃO et al, 2006).…”

“…Os ouvintes também são objetos de estudos. Para esse grupo, há inúmeros benefícios constatados e uma significativa melhora na qualidade de vida (BRITO et al, 2014;CHESINI;CRESTANI;PASTORELLO;ANGELO;TORRES, 2015;SCHERER, 2012;IÑIGUEZ, 2007). Contudo, poucos estudos mostram a preocupação com a formação e o aprimoramento do contador de histórias (RIBEIRO, 2013).…”

Conhecimento de professores sobre estimulação da linguagem via narração de histórias

“…Isto porque, apesar de ser uma atividade compreendida como divertida 2,3 , visto a alta probabilidade de engajamento das crianças em atividades em torno de rodas de contação de histórias, ainda hoje há muitas crianças que tem o mínimo contato com livros 4 . Assim, o conhecimento de estudos sistemáticos que tenham investigado as dimensões comportamentais afetadas pela contação de histórias, assim como as variáveis específicas da contação as quais produzem tais efeitos permitem que se pense em estratégias e materiais adequados para que se possa narrar com diferentes finalidades, entre elas, a estimulação de linguagem infantil [5][6] Outro exemplo pode ser constatado em um estudo realizado em 2013 26 , o qual apontou que a realização de mediação fonoaudiólogo/ professor, com enfoque na narrativa, provocou mudança no modo de narrar não só do professor, mas também nas narrativas das crianças, apontando a importância da assessoria ao professor, por parte do fonoaudiólogo, em sua prática, de modo a oferecer novos subsídios teóricos.…”