As variáveis intervenientes na produção do onset complexo mediante uma análise silábica

Abstract

OBJETIVO: verificar e comparar as estratégias de reparo e a influência das variáveis linguísticas (silábicas e prosódicas) e extralinguísticas na produção da sílaba com Onset Complexo em crianças com desenvolvimento fonológico típico e atípico. MÉTODO: foi analisada a fala de 48 crianças, 24 com desenvolvimento fonológico típico e 24 com desenvolvimento fonológico atípico, equiparados em relação ao sexo, entre 2:6 a 5:5;29 (grupo típico) e 5:0 a 7:11;29 (grupo atípico). As amostras foram coletadas transversalmente, com base no instrumento Avaliação Fonológica da Criança. Foram analisadas palavras que apresentaram como alvo o onset complexo, com um corpus de 278 palavras do desenvolvimento típico e 460 do desenvolvimento atípico. Foram consideradas como variantes da variável dependente a produção correta, apagamento de C², apagamento de C¹, apagamento de sílaba, epêntese, metátese e idiossincrasias. Como variáveis independentes intervenientes consideraram-se os fatores extralinguísticos idade, sexo e tipo de desenvolvimento e as variáveis linguísticas tonicidade, número de sílabas, contexto silábico seguinte e precedente, posição na palavra, complexidade do onset na própria sílaba e pé métrico. Os dados de fala foram analisados estatisticamente por meio do VARBRUL. RESULTADO: o programa estatístico selecionou como significante para a produção correta e para os outros tipos de estratégias de reparo do onset complexo as variáveis sexo, idade, tipo de desenvolvimento, posição na palavra, pé métrico e contexto silábico seguinte. CONCLUSÃO: verificou-se que as variáveis linguísticas e extralinguísticas influenciam significantemente na produção do onset complexo em crianças com ambos os desenvolvimentos. A estratégia de reparo mais utilizada foi apagamento de C².

Comparação da aquisição de /k/ e /g/ e das sequências fonéticas [kw] e [gw] no pb - variáveis intervenientes e status fonológico

“…The influence of this variable in verbal skills was broadly investigated by literature 6,17,[20][21][22][23][24] . In a great part of these studies, the results revealed that girls are more perspicacious than boys for those skills, presenting better performance.…”

Aquisição Fonológica Típica E Atípica Do Padrão Silábico Ccv: Dados Acústicos E Articulatórios

“…It should be emphasized that in Brazilian Portuguese the second consonant of the clusters can be filled by the lateral liquid (/l/) or the non-lateral liquid (rhotics) (/r/). There is a consensus in the literature MEZZOMO et al, 2013) that the lateral liquids are acquired before the non-lateral liquids, and these are stabilized in the child's phonological system by the age of five years. For these reasons, in this study, we decided to define a methodological design and to deepen the study of clusters acquisition composed by the rhotic liquid called tap.…”

Padrões silábicos no desenvolvimento fonológico típico e atípico: análise ultrassonográfica

“…In Brazilian Portuguese (BP), consonant groups are composed of the lateral liquid (/l/) or the rhotic liquid (/r/) followed by the obstruents. There is a consensus in the literature (1,2,3) that the lateral liquids are acquired before the rhotic ones, being these stabilized in the phonological system of the child by the age of five years (4) .…”

“…Researches (2,3,5) point out that CCV syllables are acquired lately because of their phonological complexity, on the one hand, and, on the other hand, because of their articulatory complexity. In the attempt to adjust the target phonological system to the expected phonological system, in the position of the segment and/or syllabic structure unknown or improperly produced, children make use of resources called repair strategies.…”

“…In the attempt to adjust the target phonological system to the expected phonological system, in the position of the segment and/or syllabic structure unknown or improperly produced, children make use of resources called repair strategies. In the case of the CCV syllabic structure, the repair strategies are commonly simplified from CCV to CV (3) .…”